Integram a comissão: Gilson Dipp, ministro do STJ; José Carlos Dias, advogado e ex-ministro da Justiça; Rosa Maria Cardoso da Cunha, advogada; Claudio Fonteles, ex-procurador-geral da República; Paulo Sérgio, sociólogo; Maria Rita Kehl, psicanalista; e José Carlos Cavalcanti Filho, advogado.
O colegiado poderá pedir informações, dados e documentos de quaisquer órgãos e entidades do poder público, mesmo se classificados com o mais alto grau de sigilo. Poderá também determinar a realização de perícias e diligências para coleta ou recuperação de informações, documentos e dados.
O prazo apresentar um relatório com as conclusões e recomendações sobre os crimes cometidos é de dois anos.
Durante a solenidade, realizada no Palácio do Planalto, Dilma afirmou que a comissão não terá caráter "revanchista”. Segundo ela, a instalação é resultado da maturidade política do Brasil. A presidente disse ainda que "o país reconhecerá nesse grupo, brasileiros que se notabilizaram pelo espírito democrático".
"Ao instalar a Comissão da Verdade não nos move o revanchismo, o ódio ou a vontade de reescrever a História, mas a vontade imperiosa de conhecer a verdade sem vetos e sem proibição. As famílias têm o direito de chorar e sepultar seus mortos e desaparecidos no regime autoritário", afirmou.
A comissão começa a funcionar no mesmo dia em que entra em vigor a lei de acesso à informação (12.527/11), que tem como objetivo facilitar o acesso a dados de órgãos da União, dos estados e dos municípios.
"Por essa lei, nunca mais os dados relativos à violação de direitos humanos poderão ser reservados, secretos ou ultrassecretos", frisou Dilma.