Migalhas Quentes

Filha do ex-ministro do TSE, assassinado em 2009, é presa suspeita de ser mandante do crime

Primogênita é acusada também de obstruir as investigações.

18/8/2010

Em 28 de agosto de 2009, o advogado José Guilherme Villela, ministro aposentado do TSE, foi assassinado a facadas junto com a esposa, a advogada Maria Villela, e a empregada doméstica Francisca Nascimento.

Os corpos foram encontrados três dias depois do crime, em 31/8/09, no apartamento em que o ex-ministro morava, em uma área nobre de Brasília.

Durante a investigação policial, o caso sofreu várias reviravoltas, sendo que a última delas resultou, ontem, na prisão da advogada Adriana Villela, primogênita do casal assassinado, acusada de obstruir as investigações e suspeita de ser mandante do crime.

Adriana, e o irmão Augusto, são os únicos herdeiros dos imóveis e ações que o ex-ministro possuía.

Outras quatro pessoas também foram presas sob a mesma acusação : o ex-agente da Polícia Civil José Augusto Alves, suspeito de ter colaborado com uma farsa que levou à prisão de falsos autores do crime; a faxineira do casal, Guiomar dos Santos; a vidente Rosa Maria Jaques e seu marido, João Torquato Jaques.

O promotor do caso, Maurício Miranda, defendeu a necessidade das prisões para a investigação e não forneceu mais detalhes, uma vez que o caso corre em segredo de Justiça.

Segundo reportagem do jornal O Estado de S.Paulo, a polícia descobriu que Adriana contribuiu para desviar o foco da polícia com pistas falsas. Uma delas levou a polícia a tomar o depoimento da cartomante Rosa Maria Jaques, que apontou os nomes de três pessoas, todas com passagem pela polícia, como autores do triplo homicídio.

Os policiais encontraram na casa deles, na periferia de Brasília, um molho com uma chave que abria a porta principal da residência do casal assassinado.

Investigações posteriores mostraram que a chave fora recolhida pela perícia no local do crime e plantada depois, criminosamente, na casa dos três. Os nomes dos suspeitos chegaram aos ouvidos da vidente por um intermediário que teria ligações com Adriana.

Os advogados de Adriana avisaram que vão se inteirar dos fundamentos da prisão para, se preciso, entrar com um pedido de HC.

Carreira

José Guilherme Villela nasceu em Manhuaçu/MG em 12 de agosto de 1936, filho de José Villela e Olga Pimentel Villela. Bacharelou-se em Direito pela Faculdade de Direito da antiga Universidade de Minas Gerais, onde colou grau em 1959.

Villela começou sua carreira profissional como advogado em Belo Horizonte, na década de 1960, principalmente atuando junto aos Tribunais Superiores. A partir de 1962, passou a ser também procurador do Tribunal de Contas do DF, cargo que exerceu até 1988, quando se aposentou e passou em um concurso público para auditor da mesma corte.

Ministro do TSE de 1980 a 1986, nos primeiros anos como Juiz Suplente e nos quatro últimos como Juiz Efetivo - numa e noutra função foi reconduzido após o exercício do primeiro biênio.

Foi indicado em diversas outras listas tríplices para o cargo, organizadas pelo STF. Além disso, foi professor de direito da Universidade de Brasília - UnB

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Veja mais no portal
cadastre-se, comente, saiba mais

Leia mais

Migalhas Quentes

José Guilherme Villela, ministro aposentado do TSE, é encontrado morto em apartamento em Brasília

1/9/2009

Notícias Mais Lidas

Cliente e advogada são mortos a tiros no interior de São Paulo

31/10/2024

STF julgará reajuste automático do piso da educação por portaria do MEC

31/10/2024

Veículo em nome de terceiro pode ser penhorado se posse é do executado

31/10/2024

Juíza revoga medida protetiva após prints provarem versão do acusado

31/10/2024

Câmara rejeita taxar grandes fortunas; regra de impostos vai ao Senado

30/10/2024

Artigos Mais Lidos

O STF em debate - O amigo do rei

31/10/2024

Planejamento sucessório: TJ/SP afirma a legalidade de escritura pública de pacto antenupcial que prevê a renúncia recíproca ao direito sucessório em concorrência com descendentes

1/11/2024

O produtor rural e os novos impostos - A realidade tributária para o agronegócio

1/11/2024

O argumento da hipersuficiência para admitir a pejotização

1/11/2024

O uso do WhatsApp como ferramenta de comunicação profissional: Aspectos práticos e jurídicos

31/10/2024