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TST - Julgamento à revelia por atraso de cinco minutos em audiência de conciliação

Cinco minutos de atraso em audiência de conciliação são suficientes para que a parte seja julgada à revelia? A questão foi debatida na SDI-2 do TST, ao julgar improcedente recurso em que uma trabalhadora tentou reverter sentença de juiz de 1° grau, que a julgou à revelia, por ter se atrasado à audiência.

23/4/2010


Atraso

TST - Julgamento à revelia por atraso de cinco minutos em audiência de conciliação

Na tentativa de obter reconhecimento de vínculo de emprego, uma trabalhadora ajuizou ação contra o Berçário e Escola de Educação Infantil Início de Vida S/C Ltda.. Sem chegar a um acordo na primeira audiência, o juiz da 34ª vara do trabalho marcou uma segunda. Até aí normal. Mas foi exatamente aí, quando chegou com cinco minutos de atraso, a audiência já havia sido encerrada e estava sendo apregoado outro processo.

Afinal, cinco minutos de atraso em audiência de conciliação são suficientes para que a parte seja julgada à revelia?

A questão foi debatida na SDI-2 do TST, ao julgar improcedente recurso em que uma trabalhadora tentou reverter sentença de juiz de 1° grau, que a julgou à revelia, por ter se atrasado à audiência.

A sentença registrou que "prova nenhuma fez a empregada de suas alegações e ainda restou confesso, ausentando-se em audiência em que deveria depor".

Diante disso, a trabalhadora ajuizou ação rescisória no TRT da 2ª região, na tentativa de reverter a sentença. Sustentou que o atraso era irrisório e não justificava a pena de confissão. No entanto, o TRT informou que a lei não prevê nenhuma tolerância após a hora marcada e que "não há motivos para que se tolere atrasos, ínfimos que sejam, em relação a hora designada para a audiência".

Inconformada, ela interpôs recurso ordinário ao TST. Ao examinar seu recurso ordinário na SDI-2, o ministro Renato de Lacerda Paiva, manifestou que, certamente, o comparecimento da autora da ação à audiência demonstra sua intenção em se defender na causa e um atraso mínimo seria plenamente justificável e não comportaria a aplicação da pena de confissão, como decidiram as instâncias anteriores. Mas, no caso específico, acrescentou o relator, "o comparecimento da autora à audiência ocorreu depois que foram realizados os atos processuais (encerramento da instrução processual e proposta final de conciliação)". Isto impossibilita a anulação da revelia pretendida pela empregada, "ante a existência de prejuízo à atividade jurisdicional e à empresa, que compareceu à audiência no dia e horário determinados", esclareceu.

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