Como é bom ano eleitoral
Sylvia Romano*
Encanta-me, também, saber o que fizeram no passado vários ex-políticos e agora novamente postulantes a novos cargos, obviamente com elogios rasgados "de boca própria" às benesses que implantaram em prol da população, sempre muito mal provadas, mas em compensação, com todos os escândalos esquecidos.
Outra coisa que gosto muito nos programas políticos impingidos é o teor cômico dos candidatos. Acabo rindo "a bandeiras despregadas", como dizia minha avó, com as aparências, propostas e promessas dos caras-de-pau que se apresentam em nossas TVs. Os nomes então nem se fala, a grande maioria nem sobrenome tem e acaba sempre se utilizando dos apelidos mais estapafúrdios. Os discursos, sempre preparados pelos marqueteiros dos partidos, poderiam até servir de textos básicos para qualquer programa humorístico. Tenho certeza que os candidatos, em sua santa ignorância, não sabem bem o que estão falando, mas também isto não importa muito, pois promessas são promessas e cumpri-las é que serão elas, o que todos nós sabemos que jamais irá acontecer.
Que grupo de abnegados e patriotas é estes nossos candidatos. Sei que se houvesse uma verdadeira investigação do passado de 99% deles, um exame de capacidade intelectual e uma lei eleitoral rígida e séria, esta "companhia teatral" de energúmenos, beócios, mentecaptos e sacripantas — elogios estes que desconfio que a maioria deles não saiba o que devam ser —, iria desaparecer, o que, convenhamos, seria uma grande perda para o nosso riso diário durante o período que antecede as eleições.
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*Advogada do escritório Sylvia Romano Consultores Associados
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