Migalhas de Peso

Psicopatas em escritórios de advocacia

A profissão da advocacia é a segunda com maior numero de psicopatas (um em cada oito), só perdendo para a profissão de CEO!

17/12/2024

Após muitos artigos escritos sempre tendo como temas a produtividade, rentabilidade, eficiência, controles e sempre baseados em números hoje me aventuro neste artigo a falar um pouco sobre relacionamento humano.

Apesar de ter trabalhado efetivamente como engenheiro numa construtora no inicio de carreira, como todos sabem, minha experiência profissional mais importante (cerca de 30 anos) foi como diretor geral em escritórios de advocacia onde tive o desprazer de conviver com alguns psicopatas / sociopatas. Não estou afirmando que essas pessoas existam apenas nesse mercado, pois sabe-se que é um percentual da população geral e penso seja importante alertar outros profissionais para que fiquem mais atentos.

Escritórios de advocacia em geral são formados (ou fundados) por um ou vários profissionais geralmente tendo as seguintes características: excelente conhecimento técnico, inteligência dedutiva e indutiva, alta capacidade de argumentação escrita e oral e grandes autoestima e confiança,  tornando a gestão do novo negócio geralmente bastante centralizada e autocrática (obviamente existem exceções). É importante citar que fundadores de escritórios de advocacia, além das qualidades citadas são empreendedores e costumam ter personalidades fortes e dominantes, mas isto não os torna obrigatoriamente psicopatas.

No início são apenas escritórios de advocacia e somente após o crescimento com  a vinda de novos sócios, a contratação de mais pessoas em várias funções e a maior complexidade nas funções e relações é que o escritório começa a se aproximar de uma empresa, tornando a gestão menos dependente das vontades e caprichos de uma única pessoa e a se preocupar com todos os aspectos da gestão em geral.

Um aspecto muito importante que devo deixar muito bem claro é que não sou psicólogo nem sociólogo e esta minha reflexão tem a intenção de compartilhar minhas experiências passadas e sim ajudar as pessoas que já passaram por essa experiência, que estão passando per ela atualmente e alertar àquelas que provavelmente passarão no futuro. Por não ter tido uma formação humana (sendo engenheiro), sofri por muito tempo por pura ignorância em varias situações que experimentei nas minhas relações profissionais que vivi sem ter a consciência que estava lidando com psicopatas.

Após crises de depressão e muita terapia, acabei descobrindo o processo de manipulação psicológica ao que estava sendo submetido e comecei pesquisar e conhecer o assunto. Minha primeira leitura foi o livro “Os Manipuladores Estão entre Nós” de Isabelle Nazare-Aga o qual recomendo fortemente a leitura a todos aqueles que lerem este artigo. Outros grandes pesquisadores desse tema são James Fallon e Robert Dare, apenas para citar alguns exemplos.

A constatação mais importante que acabei descobrindo depois de muito pesquisar foi que a profissão de advogado é a segunda profissão com mais psicopatas (um em cada oito) e só perdendo para os CEO’s.

Compilei algumas informações de especialistas para que cada um consiga, de uma maneira simples, verificar se está passando por uma relação tóxica e conseguir se preservar e também defender-se.

As principais características de um(a) psicopata são:

Você enxerga algumas dessas características no seu chefe ou sócio do escritório em que trabalha? Se você encontrar pelo menos 4 dessas características em uma pessoa, você esta de fronte a um possível psicopata/sociopata e afaste-se se possível. Se não for possível se afastar por estar vinculado estruturalmente a esta pessoa num ambiente profissional corporativo, tome as seguintes atitudes/precauções para se proteger:

Espero que este artigo contribua para a melhoria da convivência e da saúde mental de todo e qualquer profissional que trabalhe em corporações e escritórios de advocacia liderados por psicopatas.

José Paulo Graciotti
Consultor, sócio e fundador da GRACIOTTI Assessoria Empresarial.

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