Atualmente, cada vez que sai uma notícia em qualquer rede social, às vezes uma notícia que nem mesmo é polêmica, por vezes corre alguém para avisar: isso é fake news.
A expressão, em tradução livre, significa “notícia falsa” ou “informação que não merece crédito”. Curiosamente, muitas pessoas, ao se depararem com esse “momento fake”, aceitam passivamente tal conclusão, de que aquilo que foi veiculado é falso mesmo, como se necessariamente a adesão ao protesto de fake news fosse mais importante do que a própria informação em si.
Me parece que, para alguns participantes de mídias sociais, leitores de sites de notícias ou espectadores de telejornais, dentre outros veículos de comunicação, saber que algo é fake news é chique, sendo muito mais relevante do que se alguém dissesse, simplesmente, que se trata de uma “notifica falsa”.
Mas o pior de tudo, pasmem, é que muitas pessoas não se dão sequer ao trabalho de investigar, por conta própria, a veracidade das informações. Há quem, por exemplo, abra mão da investigação pessoal, porque “determinado site já apresentou o carimbo de fake news, a verificação, que eu já não preciso mais fazer”.
Trata-se de verdadeira preguiça, abrir mão da própria experiência e capacidade, para deixar ao arbítrio de outras pessoas, que muitas vezes podem estar de má-fé, a decisão sobre o que é verdade ou não.
Por isso, este breve artigo se encerra com um conselho: da próxima vez que você escutar “é fake news”, não deixe de realizar a sua própria busca pela verdade, doa a quem doer. Inclusive a você mesmo.
A busca pela verdade real dos fatos pode ser obtida pela pesquisa em diversas fontes diversificadas, que ao menos indiquem, pela análise de seu conjunto, uma conclusão mais próxima da realidade. Mesmo que a integralidade do fato não possa ser encontrada eventualmente, pelo menos a pessoa empreende uma pesquisa que a libertou da facilidade de aceitar passivamente o que a mídia apresenta como sendo fake news. Pode até ser que algo seja fake mesmo, mas aí cabe a cada um empreender essa investigação mais aprofundada.
Trata-se, no final das contas, de sempre revalorizar o senso crítico, um valor que jamais deve ser posto de lado por nossa civilização tecnológica, em que, a cada segundo, se vê alguém debruçado sobre alguma tela, obtendo os mais variados tipos de informação, veiculada de boa-fé ou não.