A vacinação em massa é certamente uma maneira de melhorar a situação que a pandemia causou no mundo. No entanto, a metodologia de aplicação vem sendo, em sua maioria, voltada para pessoas em situação de risco, como profissionais da saúde e idosos.
No entanto, diferente do que vem acontecendo na maioria dos países, as autoridades da Indonésia começaram a aplicar as vacinas inicialmente em pessoas mais jovens, com idade entre 18 e 59 anos, priorizando aqueles que comprovem que estão exercendo suas profissões e precisam sair de casa para trabalhar de fato.
Diante da solução adotada, que é a vacinação de idosos em um primeiro momento, é possível dizer que esse método tem suas vantagens, visto que são as pessoas que trabalham fora que estão mais expostas ao vírus e podem levá-lo para casa, acabando por infectar os mais frágeis. Por consequência, a imunização desses indivíduos pode interferir na cadeia de transmissão da coronavírus e diminuir a contaminação no país.
Em contrapartida, o Brasil segue em um caminho diferente. Embora a vacinação tenha começado no final do mês de janeiro, o país vem enfrentado diversos problemas relacionados a distribuição e a disponibilidade das vacinas, considerando que não houve acordo prévio com as marcas que as ofereceram em 2020.
O sistema aderido pela Indonésia, que possui um número maior de habitantes e menor poder aquisitivo, pode ser um bom exemplo para governadores e autoridades responsáveis pela saúde no Brasil. Afinal, não é fechando negócios e empresas que as questões relacionadas à pandemia serão solucionadas, e sim o oposto pode ocorrer, como o pânico, falta de dinheiro para insumos básicos, fome e até mesmo suicídio.
Essa opção pode oferecer inúmeros benefícios à economia, mas é especialmente positivo para a população, que terá condições de trabalhar e prover para sua família sem precisar de políticas assistencialistas de governos, que causam ainda mais danos aos caixas públicos.