Como instituição vocacionada à reflexão, produção e transmissão do conhecimento humano, a universidade pública, no mundo moderno, deve ser livre e autônoma para cumprir a relevante finalidade social e política que lhe é reservada. Para atingir esse ideal, além do dever de zelar pela administração adequada de seus recursos, cumprindo múltiplas e necessárias exigências operacionais e atingindo determinados índices de desempenho, a vertente acadêmica é que legitima o papel fundamental da universidade pública na era da globalização.
Dentre os deveres de todo dirigente universitário encontra-se aquele de aperfeiçoar a grade curricular em prol da excelência acadêmica.
Em época recente, a Faculdade de Direito da USP, visando à aprimorar o seu currículo acadêmico, aprovou, em 2016, o seu novo Projeto Político Pedagógico, fruto de um detido trabalho elaborado pela Comissão de Graduação, durante mais de 2 anos de estudos, que procurou absorver, tanto quanto possível, as principais reflexões da comunidade universitária da Faculdade de Direito, com a preocupação de reformar o curso jurídico, firme na percepção de que ensino, pesquisa, cultura e extensão à comunidade constituem atividades fundamentais que se complementam, em benefício do aprimoramento de um projeto institucional complexo, com o declarado escopo de superar dificuldades e modernizar suas estruturas educacionais e, ao mesmo tempo, aprofundar a inserção da Faculdade de Direito, nas diversas áreas do conhecimento, no contexto científico internacional.
Assim, redesenhado o objeto do ensino jurídico, a Academia passou a oferecer uma formação humanística mais ampla, crítica e consciente, valendo-se de instrumental pedagógico especializado para estabelecer uma interação entre sociedade e universidade, numa matriz realmente democrática, a fortalecer os atos de ensinar, de aprender, e de moldar operadores do direito dotados de consistente capacidade.
Além da sua missão de formar profissionais para as diferentes carreiras jurídicas, que atuem com ética e senso de cidadania, a Faculdade de Direito da USP tem também a obrigação de contribuir com a formulação de políticas públicas, que ajudem a melhorar a vida da sociedade e a contribuir para a construção de uma sociedade mais justa e humana.
Como se colhe da justificativa do referido Projeto Pedagógico: “este é nosso principal desafio: conciliar as necessidades de demanda com a tradição da mais antiga Faculdade de Direito do país. Articular o convívio das pessoas com as singularidades que nos identificam. Servir à sociedade paulista e brasileira, a partir de uma pluralidade democrática engajada no processo de aperfeiçoamento e transformação social”.
O comprometimento dos protagonistas da vida acadêmica em torno dessa nova dinâmica de ensino foi e continua sendo a chave para o nosso sucesso. Sem esta mútua e determinada cooperação não há como erigir um relacionamento adequado entre os atores que ensinam e que aprendem o direito.
Como vetor de integração, o ensino deve alavancar cada vez mais a pesquisa e a extensão, de tal forma que esta conjugação redunde em resultados institucionais que propiciem a formação integral de nossos alunos, ao mesmo tempo em que tragam maior qualidade e visibilidade ao processo educacional.
É evidente que, a partir desse esforço conjugado, os frutos logo passariam a ser colhidos...
A USP está entre as melhores universidades do mundo em 41 das 48 áreas específicas avaliadas no QS World University Ranking by Subject, divulgado no início do mês março passado.
Desse total, 10 áreas específicas foram classificadas entre as 50 melhores: Odontologia, Ciências do Esporte, Arquitetura, Arte & Design, Engenharia de Minérios e Minas, Agricultura e Silvicultura, Línguas Modernas, Antropologia, Ciência Veterinária e Direito.
Em 21 áreas específicas a USP ficou entre a 51ª e a 100ª posição; em oito áreas, entre as 150 melhores; e, em duas áreas, entre as 250 melhores.
Publicado desde 2011 pela Quacquarelli Symonds, organização britânica de pesquisa especializada em instituições de ensino superior, o ranking avaliou as universidades de acordo com quatro indicadores (reputação acadêmica, reputação entre empregadores, citações científicas e índice H), adaptados de acordo com área específica.
A Universidade de Harvard lidera o ranking, com 14 cursos em primeiro lugar, e o Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT, sigla em inglês para Massachusetts Institute of Technology) ocupa a segunda posição, com 12.
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