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Gestão de pessoas na advocacia

Pessoas inteligentes, motivadas, criativas, competentes agregam valores às empresas, criam produtos e serviços inovadores e trabalham mais empolgadas com o sucesso, levando a empresa a um futuro promissor.

9/7/2014

Em meados do século passado, estudiosos voltaram suas atenções à influência que o homem e suas capacidades transformadoras exerciam nas organizações.

Com o desenvolvimento das Ciências Humanas, a organização deixou de ser analisada tão somente por sua capacidade produtiva e geração de lucros; mas também pelo capital humano, a ela agregado.

O termo “capital humano” remete-nos a conceitos de educação, inovação, criatividade e conhecimento, entre outros aspectos intangíveis.

Desde que bem trabalhados, os ativos gerados pelo esforço humano impulsionam uma organização para o sucesso e representam a nova fronteira a ser ultrapassada para quem deseja obter vantagem competitiva.

Cada vez mais, percebemos o movimento das grandes organizações preocupadas em fomentar a produção do conhecimento e, ainda, recrutar pessoas que valorizem essa nova maneira de se pensar a gestão empresarial.

As pessoas constituem o capital intelectual das empresas e valerá cada mais, à medida que se transformar em qualidade e competitividade para a organização.

Uma cultura focada no desenvolvimento de talentos deverá desenvolver-se nas organizações.

Pessoas inteligentes, motivadas, criativas, competentes agregam valores às empresas, criam produtos e serviços inovadores e trabalham mais empolgadas com o sucesso, levando a empresa a um futuro promissor.

Para manterem-se à frente dos concorrentes, as líderes de mercado necessitam de grandes ideias inovadoras que provêm de pessoas, de profissionais talentosos e capacitados.

Segundo Chiavenato, o capital humano vale mais à medida em que influencia as ações e os destinos da organização, destacando quatro alavancadores:

1. Autoridade - dar autonomia às pessoas. O líder deve distribuir maiores responsabilidades aos seus subordinados, para que possam tomar decisões independentes e trabalhar de acordo com que aprendem e dominam.

2. Informação - a informação desejada deverá chegar a todos os interessados, no intuito de auxiliar a tomada de decisão e a busca de novos caminhos.

3. Recompensas – dar recompensas pelo trabalho, torna-se um forte motivador para que outros trabalhos sejam muito bem realizados.

4. Competências - desenvolver as competências individuais de cada funcionário. Quando as competências de que a organização precisa para alcançar seus objetivos são definidas e cria-se condições internas para que as pessoas aprendam e desenvolvam tais competências da melhor maneira possível, desenvolvem-se talentos.

O trabalho está se tornando cada vez mais intelectual, e cada vez menos rotineiro e repetitivo.

As organizações que buscam a perenidade deverão, além de reter seus talentos, treinar e desenvolver as pessoas.

Falemos, agora, de um segmento que vem crescendo e se destacando no mercado de serviços, os escritórios jurídicos.

Com o advento da terceirização e a evolução dos escritórios de advocacia, a prática da gestão de pessoas foi, rapidamente, absorvida e aplicada em suas estruturas. Muitos implementaram ações e políticas de Recursos Humanos, como atrair e reter os melhores talentos na área do direito e melhorar a prestação de serviços.

O dinamismo do mercado fez com que, de forma ágil e assertiva, um escritório de advocacia tivesse que desenvolver e avaliar uma nova equipe, com o ingresso de novos clientes.

O processo seletivo tornou-se uma etapa importantíssima na gestão de pessoas.

A comunicação sempre clara. As regras à disposição do todos, bem definidas; além de discussões permanentes sobre programas de participação nos resultados e incentivo à continuidade da formação dos profissionais.

A carreira de um advogado inicia-se no momento do estágio acadêmico e poderá alcançar a sociedade da qual faz parte.

As competências requeridas desses advogados são inúmeras, quais sejam, viés comercial, manutenção da carteira de clientes, talento para administrar o escritório, capacidade de execução, talento para transformar ideias em soluções e gerar resultados.

Elaborar um plano de carreira para o advogado que lhe garanta o status de sócio; definida, claramente, as regras, direitos e deveres, competências e metas, contribuirá para o crescimento do escritório, além de reter os melhores talentos na estrutura.

O advogado espera reconhecimento por seu trabalho e dedicação, não somente pela remuneração, mas pela possibilidade de atingir o topo da organização. Isso o manterá sempre motivado.

Avaliação de desempenho, pesquisa de clima organizacional, ações de qualidade de vida e gestão do plano de participação nos resultados são algumas das políticas de Recursos Humanos implantadas nesse segmento econômico, que a cada dia se profissionaliza.

Com certeza, se cuidarmos bem de nosso cliente interno, cativaremos o nosso cliente externo.

O capital humano é um dos principais ativos geradores de riqueza nas empresas. O valor de cada indivíduo pode ser aumentado ou depreciado de acordo com as políticas e práticas de gestão aplicadas.

A competência de uma organização é medida pela soma das capacidades de seus colaboradores.

Tratando-se de serviços advocatícios, o conhecimento e o talento do profissional constituem a base da organização.

A advocacia é uma arte.

As sociedades de advogados estão começando a compreender que o diferencial definitivo está na atração e retenção de criadores de conhecimento.

Políticas de gestão de pessoas valorizarão a educação continuada, por consequência desenvolverá o raciocínio criativo, a capacidade de solução de problemas, o desenvolvimento de lideranças.

A inteligência humana e os recursos intelectuais constituem os ativos mais valiosos de qualquer empresa.

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* Débora Pappalardo é sócia da Inrise RH – Recrutamento Jurídico, graduada em Administração de Empresas e Pós-Graduada em Gestão Financeira e Gestão de RH e Psicologia Organizacional, atuando no recrutamento e seleção de profissionais, bem como, no estudo de reestruturação organizacional de escritórios jurídicos.

 

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