O fim dos tempos: dos advogados que não sabem nadar aos advogados que surfam
Oswaldo Pepe*
Sem dúvida. Acaba-se o tempo das bancas e seus mercados cativos. Inaugura-se o mercado das empresas jurídicas prestadoras de serviços. Encerra-se o tempo das capitanias hereditárias e inicia-se o tempo da concorrência, das disputas de preço. É o fim das horas ilimitadas e dos contratos sem risco; agora é o tempo das parcerias, da transparência e da contraprestação.
Termina a autoridade, entra o cliente. Sai a velha publicação encadernada igual e entra o Migalhas.
Muito bem, acaba-se o berço esplêndido, mas o que isto tem a ver com o Surf ? Muito. Ao escolher um novo parceiro jurídico que qualidades se buscam ? Justamente aquelas que um surfista tem que ter. A coragem dos mares. Força e determinação para enfrentar a arrebentação e finalmente atravessá-la; paciência para esperar. A habilidade em entender as ondas e saber o melhor momento para descê-las suavemente enquanto o mar ao lado explode em violência. Capacidade de expressar-se no fluído. Humildade para saber que no mais selvagem a única chance de sucesso é ser o mais civilizado. Tudo o que um excelente advogado precisa ser.
E são estes que estarão surfando no próximo dia 22 no Guarujá. Recomendo anotar nomes e escritórios. Afinal, nestes novos tempos, de mares e ressacas bravias, o que melhor para se ter ao lado do que um advogado - que surfa?
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*Advogado
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