Márcia Ferreira Alvarenga e Maria Angélica Guimarães Guerra Guedes tomam posse no TJ/RJ
O TJ/RJ tem duas novas desembargadoras: Márcia Ferreira Alvarenga, juíza da 11ª vara de Órfãos e Sucessões, e Maria Angélica Guimarães Guerra Guedes, titular do 4º Tribunal de Júri da capital.
Da Redação
terça-feira, 1 de dezembro de 2009
Atualizado às 08:34
Antiguidade e merecimento
Novas desembargadoras tomam posse no TJ/RJ
Presidente do TJ/RJ, des. Luiz Zveiter, empossou as desembargadoras Márcia Ferreira, à esquerda, e Maria Angélica
O TJ/RJ tem duas novas desembargadoras : Márcia Ferreira Alvarenga, juíza da 11ª vara de Órfãos e Sucessões, e Maria Angélica Guimarães Guerra Guedes, titular do 4º Tribunal de Júri da capital. Magistradas de carreira, elas foram promovidas ontem, 30/11, pelo Órgão Especial do TJ, respectivamente, pelos critérios de antiguidade e merecimento. Márcia Ferreira vai ocupar a vaga decorrente da aposentadoria do desembargador Orlando de Almeida Secco; e Maria Angélica, a vaga da desembargadora Valéria Garcia da Silva Maron, que se aposentou no início do mês.
"Vocês agora deixaram a angústia de uma decisão solitária dentro dos seus lares e passaram a dividir esta responsabilidade, não menos angustiante, com seus colegas. Isso é o início de uma nova trajetória", disse o presidente do TJ/RJ, desembargador Luiz Zveiter, na solenidade de posse.
Após prestarem o compromisso de bem e fielmente desempenhar os deveres do cargo, elas foram saudadas pelo desembargador Marcus Faver, que falou em nome do TJ. Ex-presidente do TJ, o desembargador alertou as magistradas sobre a responsabilidade do juiz perante a sociedade. "A função política do Poder Judiciário é essencial à própria sobrevivência do Direito e do Estado Democrático. Cumpre ao juiz ser fiel ao compromisso com a Justiça como fizeram as duas agora", afirmou.
O desembargador ressaltou que a população deposita na Justiça suas últimas esperanças e criticou a situação política e institucional dos Poderes da República. Segundo ele, o autoritarismo e a corrupção são dois cânceres que corroem as instituições no país. "O autoritarismo e a corrupção têm levado a população brasileira ao descrédito no Judiciário", disse.
Marcus Faver afirmou que as duas novas desembargadoras vão engrandecer o TJ/RJ. "Quando um Tribunal recebe em seu seio duas juízas deste quilate, completas na sua formação ética, temos a certeza de que o TJ está enriquecido, engrandecido", assegurou. Ele disse ainda que ambas vivenciaram dificuldades no trabalho, percorreram caminhos estreitos da magistratura e que são "mulheres corretas, dignas, altaneiras e mais confiáveis que os homens".
A desembargadora Márcia Alvarenga, há 20 anos na Magistratura estadual, narrou as etapas da sua carreira, iniciada no curso de Direito na Uerj, seguido dos 10 anos do exercício da advocacia. Para ela, a trajetória trouxe experiência e maturidade. "É com imenso orgulho, honra, alegria e verdadeira felicidade que tomo posse hoje", disse ela. A desembargadora lembrou que o exercício da magistratura é extenuante, solitário, mas de grande responsabilidade social, uma vez que trabalha para o bem de todos.
Já a desembargadora Maria Angélica Guerra Guedes, há 19 anos no Judiciário estadual, disse que ambas são vencedoras. Ela lembrou que a partir de agora terá um novo modo de caminhar, uma vez que passará a decidir com o colegiado. "Mas com a mesma vontade de acertar", ressaltou. Ela afirmou que durante os 10 anos que esteve na presidência do 4º Tribunal do Júri, nunca houve monotonia. "Todos os dias foram marcados pela singularidade, não houve mesmice. Estou livre, desarmada e ansiosa por novas descobertas. Continuo minha aprendizagem. Chega de solidão. Vou participar, agora, de um colegiado, de um Pleno", concluiu.
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