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Polícia já tem suspeito de assassinar advogada em PE

Da Redação

sábado, 4 de julho de 2009

Atualizado às 14:45


Violência

Polícia já tem suspeito de assassinar advogada em PE

A polícia já tem um suspeito de ser o autor dos disparos que mataram a advogada trabalhista Karina Lígia Cruz Amorim, 40 anos, na manhã da última quinta-feira, dentro do seu escritório, na BR-101 Norte, em Igarassu/PE.

O homem que teria disparado três tiros contra a advogada teve o nome completo citado em duas ligações registradas pelo Disque Denúncia. As evidências de que o suspeito poderia ser o autor do homicídio aumentaram depois que a polícia comparou a foto do documento de identidade dele com a imagem do retrato falado, produzido pelos peritos do Instituto Tavares Buril com a ajuda de duas testemunhas. Na noite de ontem, 3/7, policiais do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa saíram em diligência para tentar prender o homem, que tem antecendentes criminais e estaria escondido em um município da Região Metropolitana, vizinho de Igarassu, onde ocorreu o crime.

As investigações iniciais levam a crer que a advogada possa ter sido alvo de uma vingança por conta da atividade que exercia. Um bilhete encontrado no escritório da vítima reforçou a hipótese. No pedaço de papel, escrito a mão, um cliente comunicava à vítima que corria risco de morte e pedia para a advogada também tomar cuidado. O cliente, que possui uma ação trabalhista na Justiça, pedia para Karina Lígia fazer alguma manobra jurídica para atrapalhar a outra parte. "É presumível que essas ameaças descritas pelo cliente pudessem respingar nela também. Já intimei o autor do manuscrito para ser ouvido na próxima segunda-feira", disse a delegada Sylvana Lelis, do DHPP. Neste mesmo dia, também devem prestar depoimento o marido da vítima, o bacharel em direito José Ricardo de Amorim, 41, e outros familiares.

Execução

Além do bilhete, a polícia também apreendeu outros objetos no escritório da advogada. Entre eles, uma relação dos processos sentenciados recentes e dos que estavam em andamento. No Fórum da Justiça do Trabalho, em Igarassu, localizado em frente ao escritório da vítima, Karina seria conhecida por advogar para ambas as partes. O que pode ter motivado sua execução. "Ainda é cedo para afirmar qualquer coisa, mas o crime tem características de mando. Não vamos descartar a hipótese de ter relação com a vida pessoal da vítima", resumiu a delegada.

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Fonte: Diário de Pernambuco

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