Prédio da Manchete - vencedora de leilão não deposita valor
Os três mil ex-funcionários do grupo Bloch Editores voltam a viver dias de indefinição quanto ao recebimento das dívidas trabalhistas. A empresa Victória Vix Serviços e Transporte, do Espírito Santo, que, no último dia 12, havia arrematado por R$ 65 milhões o conjunto de três prédios da antiga Rede Manchete, na Rua do Russel, na Glória, Zona Sul do Rio, não concretizou a transação.
Da Redação
sexta-feira, 22 de maio de 2009
Atualizado às 09:35
Quem dá mais ?
Prédio da Manchete : vencedora de leilão não deposita valor
Os três mil ex-funcionários do grupo Bloch Editores voltam a viver dias de indefinição quanto ao recebimento das dívidas trabalhistas. A empresa Victória Vix Serviços e Transporte, do Espírito Santo, que, no último dia 12, havia arrematado por R$ 65 milhões o conjunto de três prédios da antiga Rede Manchete, na Rua do Russel, na Glória, Zona Sul do Rio, não concretizou a transação.
Com isso, a juíza Maria da Penha Victorino, da 5ª Vara Empresarial do Rio, mandou intimar, em caráter de urgência, o segundo licitante, a Credcheque Serviços Bancários, para que efetue o depósito do valor ofertado, R$ 64,5 milhões, no prazo de 24 horas. Caso a Credcheque também não honre o compromisso, será chamada a terceira empresa habilitada no dia do leilão, a T.U.E.S.P.E. Empreendimentos e Participações Ltda., com lance de R$ 62,5 milhões.
Esta é a terceira tentativa de se leiloar o conjunto de três prédios. No primeiro pregão, o valor oferecido pela Universidade Salgado de Oliveira - Universo -, inquilina do imóvel desde 2004, foi considerado baixo. O segundo, no final do ano passado, foi vencido pela Credcheque, que apresentou proposta de R$ 60 milhões. Mas o grupo não depositou o dinheiro no dia marcado pela Justiça porque o prédio está ocupado pela Universidade Salgado de Oliveira - Universo, que não paga aluguel e está com uma dívida de R$ 3 milhões com a massa falida.
Do total arrecadado com a venda, R$ 25 milhões ficarão reservados para cobrir débitos com a Fazenda Nacional, já que a Bloch não repassou à União os descontos feitos nos contracheques dos empregados. O restante será destinado ao pagamento de dívidas trabalhistas. De acordo com a Comissão dos ex-Empregados da Bloch, seriam necessários hoje R$ 60 milhões para quitar o débito.
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