Cem anos da Academia Paulista de Letras: baú de histórias
A convite do Instituto dos Advogados de São Paulo - IASP, integrantes da Academia Paulista de Letras - APL participaram, em 24 de abril, da solenidade que relembrou momentos e pessoas ilustres na história das duas instituições. O encontro na sede do IASP foi conduzido por Maria Odete Duque Bertasi, presidente do Instituto e José Renato Nalini, presidente da Academia Paulista de Letras.
Da Redação
segunda-feira, 4 de maio de 2009
Atualizado às 09:19
Academia Paulista de Letras
Saudosismo marcou a sessão oficial em comemoração ao centenário da entidade
A convite do Instituto dos Advogados de São Paulo - IASP, integrantes da Academia Paulista de Letras - APL participaram, em 24 de abril, da solenidade que relembrou momentos e pessoas ilustres na história das duas instituições. O encontro na sede do IASP foi conduzido por Maria Odete Duque Bertasi, presidente do Instituto e José Renato Nalini, presidente da Academia Paulista de Letras.
Embora a formalidade nas sessões continue a mesma há 50 anos, a descontração e o saudosismo marcaram a reunião desta tarde de comemoração. Após a abertura do encontro pela presidente do IASP, Maria Odete, e usando o tratamento coloquial de confrades e confreiras, o presidente Nalini fez breve apresentação dos presentes e falou da relação entre as entidades APL e IASP, destacando: "Temos tudo a ver, afinal, varios de nossos acadêmicos são também associados ao IASP e alguns deles, a exemplo de Plínio Barreto, Ives Gandra da Silva Martins e Geraldo de Camargo Vidigal - presidiram o Instituto".
A Academia Paulista de Letras foi fundada em 1909 pelo médico Joaquim José de Carvalho, para reunir intelectuais dispostos a cultivar a língua e a literatura. Aos 81 anos, o poeta Paulo Bomfim, acadêmico em atividade há mais tempo, comentou que viu praticamente todos os seus companheiros entrarem na Academia.
Paulo José da Costa Júnior, especialista em Direito Penal e único brasileiro a receber o título de cidadão italiano por decreto, lembrou dos tempos difíceis vividos por seu pai na época da Revolução e revelou que seu avô era proprietário de uma casa na Rua Líbero Badaró, comentou descontraído.
Para o jurista Miguel Reale Júnior, "a elite cultural brasileira é o elo que une o IASP e a APL". Destacou a missão de ambas entidades pela promoção da cultura e da ética e falou sobre a inauguração, em junho, de uma biblioteca em Canela, no Rio Grande do Sul, reunindo o acervo de nove gerações de vários colaboradores.
Maria Odete disse que é a segunda vez que a APL realiza sessão oficial na sede do Instituto, o que é motivo de extraordinária satisfação especialmente por terem ocorrido em sua gestão à frente do centenário IASP. A primeira foi em 2007, na Semana de Estudos em homenagem a Miguel Reale. No encerramento, Maria Odete ofertou, em nome do Instituto, à APL, na pessoa do presidente Nalini, uma placa comemorativa.
Além de integrantes do IASP, também estiveram presentes Ada Pellegrini Grinover, Antonio Penteado Mendonça, Fábio Lucas, Geraldo de Camargo Vidigal, Hernâni Donato, José Cretella Jr., José Pastore, Milton Vargas, Paulo José da Costa Jr., Paulo Nathanael Pereira de Souza, Paulo Nogueira Neto.
Sobre o IASP
Em seus 135 anos de existência, o Instituto dos Advogados de São Paulo é uma das entidades precursoras das instituições jurídicas do Brasil. Com o objetivo de colaborar com a manutenção da ordem democrática, desde sua fundação, o IASP procura estabelecer e manter a organização social pelo Estado de Direito. Participou de momentos relevantes para a história do Brasil, contribuindo decisivamente para o País reconquistar a Democracia. Em 2009, o IASP reafirma mais uma vez seu papel na sociedade enfatizando seu Compromisso com a Justiça.
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