Advogado e o seu filho são encontrados mortos na capital paulista
O advogado Renato Ventura Ribeiro, 39 - professor da USP-, e seu filho de cinco anos foram encontrados mortos a tiros ontem no apartamento dele no bairro da Saúde, zona sul de São Paulo. A polícia investiga a hipótese de que ele tenha assassinado o filho e depois se matado.
Da Redação
quinta-feira, 23 de abril de 2009
Atualizado às 09:01
Tristeza
Advogado e seu filho são encontrados mortos na capital paulista
O advogado Renato Ventura Ribeiro, 39 anos, migalheiro das antigas e professor da USP, e seu filho de cinco anos foram encontrados mortos a tiros ontem no apartamento dele no bairro da Saúde, zona sul de São Paulo.
Segundo os periódicos, o crime está relacionado a uma disputa judicial entre Ribeiro e a mãe do menino, a advogada Fabiane Húngaro Menina, 37 anos, que tinha a guarda da criança.
Renato Ventura Ribeiro (OAB/SP 118.691) era formado pelas Arcadas (Turma de 1991). Possuia mestrado e doutorado em Direito pela USP, onde atualmente atuava como Professor Doutor. O advogado lecionava também na Universidade São Judas Tadeu.
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Confira abaixo o que foi publicado na mídia sobre o caso :
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Advogado e filho de 5 anos são achados mortos
Polícia diz ter indícios de que o professor da USP Renato Ventura Ribeiro matou o filho e depois se suicidou
O advogado Renato Ventura Ribeiro, 39 -professor da USP (Universidade de São Paulo)-, e seu filho de cinco anos foram encontrados mortos a tiros ontem no apartamento dele no bairro da Saúde, zona sul de São Paulo. A polícia investiga a hipótese de que ele tenha assassinado o filho e depois se matado.
Segundo o delegado Virgílio Guerreiro Neto, a polícia investiga se o crime está relacionado a uma disputa judicial entre Ribeiro e a mãe do menino, a advogada Fabiane Húngaro Menina, 37, que tinha a guarda da criança. "Ele pediu a mudança da guarda e não conseguiu, a sentença saiu faz dez dias", disse o delegado. Tanto o advogado quanto a mulher, segundo o delegado, já haviam ameaçado fugir com o garoto.
O menino Luis Renato havia sido deixado pela mãe no prédio do pai na última sexta-feira.
Ribeiro deveria devolver a criança no domingo, quando estava marcada a festa de aniversário da mãe. Como o menino não havia retornado, Fabiane foi à polícia na segunda-feira e até ontem tentava obter autorização na Justiça para entrar no apartamento.
Ontem, Márcia Souza, faxineira de Ribeiro, foi ao apartamento pela manhã. Ela afirmou à polícia ter estranhado o fato de o advogado estar fechado no quarto. Ela arrumou o restante do apartamento e retornou por volta das 16h30. "À tarde eu voltei para terminar [o trabalho] e encontrei lá os corpos, pedi ajuda do zelador. Estavam os dois deitados na cama como se estivessem dormindo. Eu não vi mais nada porque não tive coragem", disse a faxineira.
O menino foi encontrado com um tiro na nuca e o advogado, baleado na cabeça. Ele segurava na mão uma pistola Glock. A polícia acredita que o crime foi na própria sexta-feira.
O casal havia namorado por seis meses e se separado quando o filho nasceu.
Ribeiro lecionava direito comercial na Faculdade de Direito da USP, no largo São Francisco, e ajudou na elaboração da atual lei eleitoral.
Segundo funcionários da USP, suas próximas aulas, de direito de seguro privado, estavam marcadas para sexta-feira. Foi na USP que ele se formou e fez mestrado e doutorado, segundo seu "Currículo Lattes" cadastrado no site da CNPq. Era especialista em questões jurídicas sobre exclusão de sócios e sociedades anônimas.
Professor de Direito da USP mata filho e se suicida
Ele havia perdido a guarda da criança, de 5 anos; mãe deu queixa à polícia na segunda-feira
Inconformado por ter perdido a guarda do filho Luís Renato, de 5 anos, o advogado e professor-doutor de Direito da Universidade de São Paulo (USP) e da Universidade São Judas Renato Ventura Ribeiro, de 39 anos, matou o menino com um tiro na nuca e cometeu suicídio. A tragédia aconteceu no feriado prolongado de Tiradentes, no apartamento 126 da Avenida Senador Casemiro da Rocha, 1.257, na Vila Clementino, zona sul da capital. Os corpos só foram encontrados ontem.
A Polícia Civil não sabe definir exatamente quando ocorreu o crime. Mas apurou que a mãe da criança, Fabiane Hungaro Menina, de 37 anos, entregou o filho ao pai na sexta-feira à tarde. Ele deveria ficar com a criança só até domingo. Como não apareceu, Fabiane prestou queixa no 16º DP (Vila Clementino), onde foi registrado, segunda-feira, um boletim de ocorrência de subtração de incapaz. A 2ª Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) abriu inquérito no mesmo dia.
Luís Renato foi fruto de um relacionamento de seis meses do casal. O pai sempre quis a guarda do filho e, por isso, entrou com ação na Justiça. Segundo o titular do 16º DP, Virgílio Guerreiro Neto, a sentença saiu há dez dias e foi favorável à mãe. Ribeiro não gostou, chegou a dizer que iria viajar e desaparecer com Luís Renato. "O pai tinha muito ciúme dele, mas jamais ameaçou matá-lo. E nunca agiu com violência."
Os corpos foram encontrados pela empregada doméstica Marcia Souza, de 36 anos. Ela trabalhava para Ribeiro havia 9 anos. Marcia chegou pela manhã ao trabalho, arrumou algumas coisas e notou que o patrão estava no quarto com o filho. "Pensei que estivessem dormindo. Mas estranhei porque ele acorda bem cedo", acrescentou. A empregada tem outro serviço e, por isso, foi embora no fim da manhã. Por volta de 16 horas, voltou ao apartamento. Sentiu um cheiro forte e, ao abrir a porta do quarto do patrão, encontrou Ribeiro e o filho abraçados. Ela chamou o zelador Luís Francisco da Silva, de 50 anos, que avisou a polícia.
Pai e filho estavam na cama de casal. O menino apresentava ferimento na nuca e Ribeiro, na testa. Ribeiro e Luís Renato estavam com as mesmas roupas usadas na sexta-feira, quando Fabiane entregou o filho ao ex-namorado.
Por isso, o delegado Neto acredita que a tragédia pode ter acontecido naquele dia.Tanto o zelador Silva como a empregada Marcia disseram que Ribeiro era extremamente educado e muito reservado. Ele morava havia dez anos no bloco C do Condomínio Jardim das Orquídeas.
Ribeiro era advogado tributarista e dava aulas de Direito Comercial na Faculdade de Direito do Largo São Francisco da Universidade de São Paulo. Também lecionava na São Judas. Tinha quatro livros editados, incluindo Lei Eleitoral Comentada. Por decisão judicial, só podia ficar com o filho de 15 em 15 dias.
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