Protestos de títulos disparam em janeiro em São Paulo
Pesquisa realizada pelo Instituto de Estudos de Protesto de Títulos - Seção São Paulo junto aos 10 tabeliães de protesto da capital de São Paulo revelou que em janeiro de 2009 foram protestados 92.897 títulos. Desde março de 2007 - quando chegou a 95.123 - que o total de protestos não atingia um volume tão expressivo.
Da Redação
sábado, 14 de fevereiro de 2009
Atualizado às 14:16
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Protestos de títulos disparam em janeiro
Pesquisa realizada pelo Instituto de Estudos de Protesto de Títulos - Seção São Paulo junto aos 10 tabeliães de protesto da capital de São Paulo revelou que em janeiro de 2009 foram protestados 92.897 títulos. Desde março de 2007 - quando chegou a 95.123 - que o total de protestos não atingia um volume tão expressivo.
A alta foi de 23,49% em relação aos 75.227 de dezembro, 71.176 de novembro, 66.191 de outubro, 63.109 de setembro, 64.938 de agosto, 68.534 de julho. Já a alta em relação aos 77.875 títulos protestados em janeiro de 2008 foi de 19,29%.
"O mês de janeiro é tradicionalmente de alta, todos os anos, no protesto, devido às compras de fim de ano. Entretanto, o número atingido desta vez supera em muito o esperado", afirma José Carlos Alves, presidente do Instituto de Estudos de Protesto do Brasil - Seção São Paulo e Primeiro Tabelião de Protesto da capital.
"Mas, em grande parte, isso pode ser explicado pelos títulos que ficaram represados, ou seja, que não puderam ser apresentados, nos feriados de Natal e Ano Novo, que no ano passado caíram exatamente numa quarta-feira, provocando a perda de vários dias úteis em cada semana. Creio que os protestos devidos à inadimplência provocada pela crise mundial só aparecerão um pouco mais adiante. Ainda é cedo para atribuirmos a alta à crise".
Apresentação
O total bruto de títulos apresentados ao Serviço Central de Protesto de Títulos voltou a subir: 226.431 títulos, contra 214.158 em dezembro, 200.278 em novembro, 199.216 em outubro, 179.367 em setembro, 173.721
Cancelados
É importante lembrar que, mesmo após o protesto, o devedor ainda pode cancelar seu nome da lista de cidadãos oficialmente declarados inadimplentes: basta pagar a dívida e despesas no cartório. Uma vez cancelado o protesto, a pessoa imediatamente "limpa" o nome e não pode mais ser incluída em listagens como inadimplente. Em janeiro, os cancelamentos de protestos atingiram 24.047 títulos contra 22.771 em dezembro, 20.784 em novembro, 26.053 em outubro, 29.219 em setembro, 28.446 em agosto, 30.190 em julho.
Cheques
Dos títulos protestados, somente 11,90 % foram cheques - recorde de porcentagem mais baixa já registrada nos últimos meses: 11.082 contra 12.789 em dezembro, 11.767 em novembro, 12.914 em outubro, 14.108 em setembro, 13.447 em agosto,13.322 em julho.
Duplicatas
As duplicatas dispararam: 68.750 contra 50.864 em dezembro, 47.423 em novembro, 39.908 em outubro, 36.918 em setembro, 38.988 em agosto, 43.206
Promissórias
As notas promissórias tiveram leve alta: 7.783 contra 7.722 em dezembro, 9029 em novembro, 9.628 em outubro, 8.426 em setembro, 8.671 em agosto, 8776 em julho.
Letras de câmbio
Também subiram bastante as letras de câmbio: 3797 protestadas contra 2568 em dezembro, 2527 em novembro, 2.590 em outubro, 2558 em setembro, 2483 em agosto, 2178 em julho.
Novos e outros títulos
Os títulos novos subiram bem: 1484 contra 1284 em dezembro, 1027 em novembro, 1.149 em outubro, 1097 em setembro, 1346 em agosto, 1775
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