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Greve dos funcionários do Judiciário - OAB/RJ reage novamente

"Entre os interesses corporativos dos serventuários, dos interesses dos advogados e da maioria da população, fico com os advogados e a população". A afirmação foi feita ontem, 17/11 pelo presidente da OAB/RJ, Wadih Damous, ao comentar os motivos que levaram a entidade a entrar na justiça contra o movimento dos funcionários do Judiciário e que já dura dois meses.

Da Redação

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Atualizado às 09:18


Greve

Greve dos funcionários do Judiciário - OAB/RJ reage novamente

"Entre os interesses corporativos dos serventuários, dos interesses dos advogados e da maioria da população, fico com os advogados e a população".

A afirmação foi feita ontem, 17/11, pelo presidente da OAB/RJ, Wadih Damous, ao comentar os motivos que levaram a entidade a entrar na justiça contra o movimento dos funcionários do Judiciário e que já dura dois meses.

Wadih explicou que a intenção da OAB - já conseguida na justiça estadual - era obrigar que pelo menos 50% dos grevistas voltassem a trabalhar. "Essa é uma greve que já dura dois meses e como toda greve no serviço público o movimento acaba se tornando um movimento contra a população, que depende desses serviços públicos, além do que essa greve tem trazido prejuízo incalculáveis aos advogados e a população em geral".

Confira abaixo a entrevista do presidente da OAB/RJ :

P- Por que a OAB do Rio de Janeiro resolveu entrar na justiça contra a greve nos funcionários do Judiciário?

R- Essa é uma greve que já dura quase dois meses e como toda greve no serviço público o movimento acaba se tornando um movimento contra a população, que depende desses serviços públicos, além do que essa greve tem trazido prejuízo incalculáveis aos advogados e a população em geral. E, entre os interesses corporativos dos serventuários, dos interesses dos advogados e da maioria da população, fico com os advogados e a população. Daí, o ingresso no Judiciário com a medida de que pelo menos metade dos serventuários em greve voltem a trabalhar.

P- Se os grevistas tivessem cumprido a lei a OAB/RJ não teria ingressado na justiça para garantir o funcionamento mínimo desse serviço?

R- A OAB do Rio de Janeiro estabeleceu desde o início negociações e, por meu intermédio, declarou publicamente que a reivindicação dos serventuários era justa. O percentual de reajuste de vencimentos foi negociado com o governo do estado e com o Poder Judiciário. O governo do estado resolveu desconhecer esse acordo. Repito: a reivindicação dos servidores é justa mas a população e os advogados não podem se tornar reféns de uma reivindicação corporativa. Negociamos várias vezes com o sindicato, pedimos que eles atendessem as medidas urgentes, inclusive o processamento dos mandatos de pagamento, mas eles se recusaram e por este motivo a OAB/RJ decidiu entrar na justiça para garantir o funcionamento mínimo.

P- Os advogados reclamaram junto à OAB-RJ ?

R- Os advogados estão indignados com essa greve dos funcionários do Judiciário. Não são alguns advogados. São milhares de advogados. A população está indignada com o movimento e a OAB/RJ está agindo em nome dos advogados e da população.

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