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Professor do Mestrado da Direito GV lança "História do Brasil - uma interpretação"

Da Redação

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Atualizado às 09:28

Lançamento

Professor do Mestrado da Direito GV lança "História do Brasil - uma interpretação"

O professor Carlos Guilherme Mota, do Mestrado da Direito GV, lança nesta segunda-feira, 20/10, o livro "História do Brasil - uma interpretação", escrito em parceria com Adriana Lopez, pela Editora Senac São Paulo. O lançamento da obra será realizado na Livraria da Vila (al. Lorena, 1731), a partir das 19h.

Poucos autores se aventuraram, nas últimas décadas, a traçar uma síntese dos processos e acontecimentos que marcaram a história brasileira. Na obra, os historiadores apresentam uma visão crítica da trajetória do país, desde os primeiros habitantes até os dias de hoje. "O livro é um convite à polêmica, até porque assume nos capítulos finais um tom indignado, correndo o risco de que neles se veja paixão em vez de reflexão", reflete o historiador Alberto Costa e Silva na apresentação do livro.

Ao apresentar uma abordagem não convencional da história brasileira, a obra, com cerca de 1000 páginas, é uma nova síntese interpretativa da história brasileira e convida o leitor a exercitar um outro olhar sobre os acontecimentos. Os autores analisam a formação étnico-cultural brasileira, as vicissitudes políticas e econômicas ocorridas ao longo de cinco séculos, terminando por indagar quem são hoje os cidadãos brasileiros. Focalizam também a formação de uma nova sociedade civil e, sobretudo, as dificuldades para sua consolidação, dadas as pesadas heranças político-culturais. "A interpretação surge, porém com perspectiva nova, marcada pelas decepções, sim, mas também por esperanças de nosso tempo", apontam os historiadores.

Dessa análise, os especialistas desenham um Brasil multifacetado, uma nova visão do país (ou dos países que existem dentro do território nacional, como ambos apontam). Adriana Lopez e Carlos Guilherme Mota abordam desde as primeiras vilas brasileiras, o barbarismo da escravidão e a comercialização do açúcar, até a guerra contra os holandeses, o período da mineração e todo o período colonial, até a descolonização. A análise avança pelas sendas da revolução e contra-revolução da Independência brasileira, do autoritarismo do Brasil monárquico e pelos ziguezagues do período republicano.

No capítulo que adentra o século XX, um dos mais instigantes do livro, os autores aprofundam-se na análise da Era Vargas, passam pela avaliação da democracia patricial do período JK, além de discutir sobre os governos populistas, o golpe civil-militar de 1964 e os governos repressivos dos generais-presidentes que se seguiram. Ao abordar as lutas pela redemocratização, enfatizam o papel de algumas lideranças e de instituições da sociedade civil contextualizando personagens como Ulysses Guimarães, Tancredo Neves, Sarney, Collor e Itamar Franco. As gestões de FHC e Lula, também são discutidas em detalhes. "O período caracterizou-se por um aprofundamento das discussões e conflitos nos planos social e político, porém já dentro de um modelo autocrático-burguês", informam.

"Como bons acadêmicos, Adriana e Carlos Guilherme vêem a história como uma sucessão de processos que se relacionam ou se sucedem até confirmar o que somos hoje. Mas esta obra não escamoteia, nem despreza a ação dos indivíduos na construção da história. E é isso que torna sua leitura não um exercício, mas um prazer instigante", conclui o jornalista Paulo Markun, que assina a orelha do livro.







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