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Folha de S.Paulo X Igreja Universal do Reino de Deus

Da Redação

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

Atualizado às 09:23


Folha de S.Paulo X Igreja Universal do Reino de Deus

Nos últimos dias acompanhamos uma calorosa discussão entre vários veículos da imprensa e a Igreja Universal.

O caso começou em 15 de dezembro passado, quando a Folha de S.Paulo publicou uma reportagem mostrando as imbricadas questões societárias das empresas ligadas à igreja e seus bispos.

No mesmo período, os jornais "Extra", do Rio de Janeiro, e "A Tarde", da Bahia, noticiaram a agressão a uma imagem de São Benedito por um seguidor da Igreja, na Bahia.

As publicações motivaram uma enxurrada de ações judiciais movidas por fiéis da igreja que se julgaram ofendidos. Para piorar a situação das empresas de comunicação, as ações foram ajuizadas em distintas comarcas do país, obrigando-as a uma verdadeira logística de defesa.

Na última semana a notícia das ações judiciais, todas semelhantes, trouxe inúmeras manifestações.

A Associação Nacional de Jornais, em nota, disse que vê os acontecimentos com "imensa preocupação".

O presidente da OAB, Cezar Britto, "condenou" a campanha movida pela Igreja.

Em nota, a Universal publicou os seus esclarecimentos. (Clique aqui)

Quem também se manifestou foi o presidente Lula, para quem "a liberdade de imprensa pressupõe a imprensa escrever o que quiser, mas pressupõe também que a pessoa que se sinta atingida vá à Justiça para provar a sua inocência. Não pode ter liberdade de imprensa se apenas um lado achar que está certo".

A declaração presidencial ganhou destaque na "Folha Universal", jornal ligado à Igreja Universal do Reino de Deus.

Como se vê, é briga de gente grande.

Abaixo, confira na íntegra algumas matérias publicadas na imprensa nos últimos dias :

15 de dezembro de 2007 - Matéria publica no jornal Folha de S.Paulo

Universal chega aos 30 anos com império empresarial

Igreja já tem até sua empresa de táxi aéreo, a Alliance Jet

Quando um bispo entra em atrito ou se envolve em escândalos, ações mudam de mãos; "a igreja é santa", afirma ex-deputado federal

ELVIRA LOBATO

DA SUCURSAL DO RIO

Em 30 anos de existência, completados em julho, a Igreja Universal do Reino de Deus construiu não apenas um império de radiodifusão, mas um conglomerado de empresarial em torno dela. Além das 23 emissoras de TV e 40 de rádio, o levantamento da Folha identificou 19 empresas registradas em nome de 32 membros da igreja, na maioria bispos.

Entre elas, dois jornais diários -"Hoje em Dia", de Belo Horizonte, e "Correio do Povo", de Porto Alegre- , as gráficas Ediminas e Universal, quatro empresas de participações (que são acionistas de outras empresas), uma agência de turismo, uma imobiliária, uma empresa de seguro saúde.

A Iurd tem também sua própria empresa de táxi aéreo, a Alliance Jet, de Sorocaba (SP). Segundo informação da empresa, fatura cerca de R$ 500 mil mensais, tem três aviões, um deles adquirido por US$ 28 milhões, neste ano.

Segundo a Junta Comercial de São Paulo, ela pertence a Adilson Higino da Silva, bispo auxiliar de São Paulo, e à MJC Empreendimentos e Participações, a qual, por sua vez, pertence aos bispos Darlan de Ávila, Marco Antônio Pereira e ao mesmo Adilson.

Modelo acionário

O modelo acionário da Alliance Jet se repete em quase todas as empresas ligadas à Universal. Os jornais diários foram adquiridos na negociação de compra de TVs. O ""Correio do Povo"" -segundo jornal em circulação do Rio Grande do Sul, com um média diária de 155 mil exemplares- fez parte do pacote que incluiu a TV Guaíba e duas rádios.

O negócio foi fechado no último carnaval, por cerca de R$ 100 milhões. O jornal foi comprado em nome da TV Record de São Paulo e do Rio.

São acionistas da Ediminas , que edita o jornal mineiro ""Hoje em Dia", o bispo Marcelo Silva e o ex-deputado federal e ex-bispo Carlos Rodrigues. Segundo a Folha apurou, a editora recebe R$ 0,25 por exemplar para imprimir o jornal semanal da igreja, o ""Folha Universal", que tem tiragem de 2 milhões de exemplares.

A relação entre a Igreja Universal e as empresas dos bispos é obscura. Muitas delas têm sede em endereços da Iurd. Um exemplo é a Cremo Empreendimentos, que funciona como um braço financeiro da igreja. Ela pertence à Unimetro (outra empresa da Iurd) e ao bispo João Leite. A Cremo é quem financia os bispos na compra de empresas.

Por trás da Unimetro está a Cableinvest, registrada no paraíso fiscal de Jersey, no Canal da Mancha. O elo aparece nos registros da empresa na Junta Comercial de São Paulo. Uma hipótese é que os dízimos dos fieis sejam esquentados em paraísos fiscais.

Troca-troca

Quando um bispo entra em atrito com a igreja, ou se envolve em escândalos -caso de parlamentares-, rapidamente, as ações mudam de mãos.

Foi o que aconteceu com o ex-bispo e ex-deputado federal Wanderval Santos (que pertencia ao PL de São Paulo), denunciado pelo Ministério Público por envolvimento com a máfia das sanguessugas. Depois que o escândalo veio à tona, ele deixou a igreja e vendeu as ações que possuía na Rádio Liberdade (de João Pessoa, Paraíba) e na Rádio Continental (de Florianópolis, Santa Catarina).

Como a maioria dos que perdem o posto, Wanderval não fala sobre o assunto, e protege a imagem da igreja. "Os homens podem ter seus erros, mas a igreja é santa", afirmou.

Procurado pela Folha, disse que vendeu as rádios porque "só dão prejuízo" e por ter se cansado da política, e que sobrevive como vendedor de seguros e de perfumes.

O ex-deputado Carlos Rodrigues deixou de ser acionistas de três TVs -Record do Rio, Itajaí e Xanxerê (SC)- depois que se envolveu no escândalo do mensalão, mas ainda figura como sócio da Ediminas e também de quatro rádios.

Ele tem dado recados de que não pretende abrir mão das rádios. Procurado pela Folha, não quis dar entrevista.

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19 de fevereiro de 2008 - Editorial publicado pelo jornal Folha de S.Paulo

Intimidação e má-fé

BISPOS da Igreja Universal do Reino de Deus desencadeiam, contra os jornais "Extra", "O Globo", "A Tarde" e esta Folha, uma campanha movida pelo sectarismo, pela má-fé e por claro intuito de intimidação.

Em dezembro, a Folha publicou reportagem da jornalista Elvira Lobato descrevendo as milionárias atividades do bispo Edir Macedo. Logo surgiram, nos mais diversos lugares do país, ações judiciais movidas por adeptos da Igreja Universal que se diziam ofendidos pelo teor da reportagem.

Na maioria das petições à Justiça, a mesma terminologia, os mesmos argumentos e situações se repetiam numa ladainha postiça. O movimento tinha tudo de orquestrado a partir da cúpula da igreja, inspirando-se mais nos interesses econômicos do seu líder do que no direito legítimo dos fiéis a serem respeitados em suas crenças.

Magistrados notaram rapidamente o primarismo dessa milagrosa multiplicação das petições, condenando a Igreja Universal por litigância de má-fé. Prosseguem, entretanto, as investidas da organização.

Não contentes em submeter a repórter Elvira Lobato a uma impraticável seqüência de depoimentos nos mais inacessíveis recantos do país, os bispos se valeram da rede de televisão que possuem para expor a pessoa da jornalista, no afã de criar constrangimentos ao exercício de sua atividade profissional.

É ponto de honra desta Folha sempre ter repelido o preconceito religioso. A liberdade para todo tipo de crença é um patrimônio da cultura nacional e um direito consagrado na Constituição. A pretexto de exercê-lo, porém, os tartufos que comandam essa facção religiosa mal disfarçam o fundamentalismo comercial que os move. Trata-se de enriquecimento rápido e suspeito -e de impedir que a opinião pública saiba mais sobre os fatos.

Não é a liberdade para esta ou aquela fé religiosa que está sob ataque, mas a liberdade de expressão e o direito dos cidadãos à verdade.

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20 de fevereiro de 2008 - Matéria publicada pelo jornal Folha de S.Paulo

Lula não vê ameaça à liberdade de expressão

Para presidente, ações movidas por fiéis da Igreja Universal contra a Folha fazem parte da consolidação da democracia

Petista diz que, caso jornal se sinta atingido, deve ir à Justiça; "pessoas escrevem o que querem e depois ouvem o que não querem", afirmou

JANAINA LAGE

ENVIADA ESPECIAL A VITÓRIA

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou ontem que, na sua avaliação, as mais de 50 ações judiciais movidas em nome de fiéis da Igreja Universal do Reino de Deus contra a Folha não são uma ameaça à liberdade de expressão e disse que elas fazem parte da consolidação da democracia no país.

O presidente foi questionado durante visita ao gasoduto Cabiúnas-Vitória se concordava com a avaliação da ABI (Associação Brasileira de Imprensa), que havia divulgado na segunda-feira uma nota de repúdio à estratégia adotada pela Universal para processar a Folha e a repórter Elvira Lobato.

Lula afirmou que, se a Igreja Universal recorreu ao Poder Judiciário, ela está usando "um dos pilares da democracia para questionar o jornal". Questionado se essa avaliação seria válida mesmo que houvesse uma ação orquestrada da igreja com ações em diversos pontos do país sob orientação de sua cúpula, o presidente respondeu que "a liberdade de imprensa pressupõe isso".

"A liberdade de imprensa pressupõe a imprensa escrever o que quiser, mas pressupõe também que a pessoa que se sinta atingida vá a Justiça para provar a sua inocência. Não pode ter liberdade de imprensa se apenas um lado achar que está certo", afirmou o presidente. "Então liberdade de imprensa pressupõe uma mistura de liberdade e responsabilidade. As pessoas escrevem o que querem e depois ouvem o que não querem. Essa é a liberdade de imprensa que nós queremos", complementou Lula.

Em 15 de dezembro, a Folha publicou a reportagem "Universal chega aos 30 anos com império empresarial", da repórter Elvira Lobato. Fiéis entraram com ações em diversos pontos do país afirmando que se sentiram ofendidos pelo teor da reportagem.

As ações apresentam a mesma terminologia e são embasadas com os mesmos argumentos e até idênticas supostas frases ouvidas pelos fiéis nas ruas em mais de 50 cidades diferentes. Em dois casos, os juízes condenaram os fiéis por usar o Judiciário de forma indevida, o que é denominado litigância de má-fé. A Folha ganhou as cinco causas já julgadas até agora.

Além da Folha, fiéis da Universal movem ações contra os jornais "Extra" e "A Tarde", devido a uma reportagem sobre a danificação de uma imagem sacra numa igreja católica de Salvador por um fiel da Universal, e contra "O Globo", por ter denominado a igreja de seita.

"O dia em que a Folha de S.Paulo se sentir atingida pela Igreja Universal ela vai processar a Igreja Universal. O dia em que a Igreja Universal se sente atingida pela Folha, vai processar a Folha. E assim a democracia vai se consolidando no Brasil", afirmou Lula ontem.

No domingo, a rede Record, do bispo Edir Macedo, exibiu uma reportagem de 14 minutos no "Domingo Espetacular" sobre as ações movidas por fiéis contra a Folha e a repórter. A reportagem afirmou que a Folha teve um pedido negado pela Justiça de reunir em um único processo todas as ações, mas não informou as vitórias que o jornal já obteve na Justiça.

Em nota, a ABI afirmou que acompanha com preocupação as ações ajuizadas contra a Folha, e também contra os jornais "Extra", do Rio, e "A Tarde", de Salvador, e contra a repórter. De acordo com a ABI, trata-se de "uma campanha de intimidação e coerção sem precedentes na história da comunicação no Brasil".

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Folha Universal (semana 24/2/2008)

Lula: quem escreve o que quer, ouve o que não quer

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi categórico ao defender o direito dos membros da Igreja Universal do Reino de Deus de recorrerem à Justiça ao se sentirem agredidos por reportagens dos jornais "Folha de S. Paulo" e "O Globo", do Rio de Janeiro. Em entrevista coletiva durante uma visita oficial à Estação do Gasoduto Cabiúnas-Vitória, em Vitória, Espírito Santo, na última terça-feira (19), ele afirmou que as ações judiciais movidas contra os jornais não representam uma ameaça à liberdade de imprensa, e fazem parte da consolidação da democracia no País. "As pessoas escrevem o que querem, depois ouvem o que não querem", disse o presidente. Na entrevista, Lula foi questionado pelo repórter da própria "Folha de S. Paulo" sobre a polêmica envolvendo os membros da IURD e o jornal. Os integrantes da Universal entraram com mais de 50 ações pedindo indenização por danos morais. O presidente apoiou a ação dos evangélicos, assinalando que é preciso ter responsabilidade na hora de informar.

Em resposta ao repórter da "Folha de S. Paulo", se considerava que as ações na Justiça eram uma ameaça à liberdade de expressão, Lula respondeu o seguinte: "Não, até porque se a Igreja Universal utilizou o poder do judiciário, ela está usando um dos pilares da democracia para questionar o jornal". E o presidente foi além: "A liberdade de imprensa pressupõe a imprensa escrever o que quiser, mas pressupõe também que a pessoa que se sinta atingida vá à Justiça para provar sua inocência. Não pode ter liberdade de imprensa se apenas um lado achar que está certo. Então a liberdade de imprensa pressupõe uma mistura de liberdade e responsabilidade. As pessoas escrevem o que querem, depois ouvem o que não querem".

COMUNICADO À IMPRENSA

A Igreja Universal do Reino de Deus, entidade religiosa há 30 anos no Brasil, com mais de 5 milhões de fiéis e presente em 170 países, vem a público esclarecer que:

1. Fiéis de várias partes do País estão procurando a IURD para manifestar seu repúdio em relação às notícias classificadas como lamentáveis, publicadas por veículos de comunicação, especialmente no que se refere à origem e destinação de seus dízimos;

2. O dízimo é um aspecto da liberdade de crença consagrada pela Constituição Federal;

3. A IURD já ingressou com suas ações judiciais e não tem qualquer interesse de orquestrar e incentivar processos individuais por parte de seus fiéis;

4. A IURD respeita a liberdade de imprensa, os jornalistas e suas entidades representativas, porém, não admite que reportagens sejam usadas para ofensas de outras garantias constitucionais como a dignidade da pessoa humana, o acesso à Justiça, à liberdade de crença e à inviolabilidade da honra;

5. A Imprensa deve atuar com responsabilidade e não pré-julgar, manipular ou condenar precipitadamente;

6. A IURD não está à margem da sociedade. É uma entidade regularmente constituída, conforme a legislação brasileira, que deve ser respeitada como todas as outras denominações religiosas no estado democrático de direito. É inaceitável, que no uso de suas prerrogativas, a mídia utilize denominações ofensivas e preconceituosas como seita, bando e facção em referência à IURD;

7. A IURD apóia a posição de todas as entidades de classe quando está em questão a Democracia. A Imprensa, com responsabilidade, pode noticiar e os fiéis, da mesma forma, podem acessar a Justiça;

8. Cabe ao Judiciário, com a imparcialidade e independência que lhe são inerentes, a palavra final.

São Paulo, 19 de fevereiro de 2008.

Igreja Universal do Reino de Deus"Folha de S.Paulo" tem a primeira derrota

A "Folha de S.Paulo" tentou juntar todas as ações em um único processo para facilitar a defesa. O pedido foi feito na cidade onde a primeira ação deu entrada: Jaguarão, no Rio Grande do Sul, mas o juiz recusou. O advogado Raul Ferri - que representa os membros da Igreja Universal que entraram com esta ação contra o jornal e a repórter (autora da matéria contra a IURD) -, explica: "Afirmar que esse dízimo pode ser esquentado, faz do ofertante um bandido em potencial.

E esse é o ponto de vista da repórter. Não há prova nenhuma". A direção da empresa Folha da Manhã, que publica a "Folha de São Paulo" e a jornalista Elvira Lobato já foram notificadas de várias dessas ações. Na semana passada a jornalista não compareceu a uma convocação em Barra de São Francisco, no Espírito Santo, alegando que tinha compromisso em outra audiência, em Juazeiro, onde ela também não apareceu, o que pode significar desrespeito à Justiça.

A "Folha de S. Paulo" está sendo processada não apenas pelos membros, mas pela Igreja. São duas ações: uma na esfera cível, contra a "Folha de S.Paulo" e a jornalista Elvira Lobato, e outra, uma ação criminal somente contra a jornalista.

Trata-se de uma queixa crime baseada na lei de imprensa. Sobre a legitimidade das ações, o jurista Luis Flavio Gomes esclarece: "Toda a pessoa que se sente lesada nos seus direitos, sobretudo de imagem e reputação, tem direito de ir ao Judiciário e pedir uma indenização. O direito está garantido pela Constituição Brasileira".

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27 de fevereiro de 2008 - Matéria publicada pelo jornal Folha de S.Paulo

Jornal destaca frase de Lula sobre imprensa

DA REPORTAGEM LOCAL

A "Folha Universal", jornal ligado à Igreja Universal do Reino de Deus, destacou na edição desta semana a afirmação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, para quem as ações movidas em nome de fiéis contra jornais não representam ataque à liberdade de expressão.

No texto "Lula: quem escreve o que quer, ouve o que não quer", o jornal registrou que o presidente defendeu o direito dos fiéis de recorrerem à Justiça ao se sentirem agredidos em reportagens.

Para a "Folha Universal", que é semanal e informa ter 2 milhões de exemplares -o jornal não é auditado pelo Instituto Verificador de Circulação-, a "imprensa tenta intimidar evangélicos".

A afirmação de Lula foi uma resposta à nota da Associação Brasileira de Imprensa repudiando a estratégia adotada pela Universal. Outras entidades, como a ONG Repórteres sem Fronteiras, também criticaram o uso de ações repetidas para tentar intimidar a imprensa.

A Folha, que publicou reportagem sobre a evolução patrimonial da igreja, responde a 63 ações praticamente idênticas. As nove julgadas foram favoráveis ao jornal -em duas, os autores foram condenados.

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