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Hélio Quaglia Barbosa, o ministro e o futebol. Matéria da Folha de S.Paulo

Da Redação

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

Atualizado às 08:26


Hélio Quaglia Barbosa

O jornal Folha de S.Paulo de hoje publica matéria de Willian Vieira em homenagem ao já saudoso Hélio Quaglia Barbosa falecido em 1° de fevereiro de 2008.

  • Confira abaixo o texto na íntegra.

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Hélio Barbosa, o ministro e o futebol

Willian Vieira

Hélio Quaglia Barbosa sentia o peso da profissão quando atravessava de ponta a ponta, com seus 150 kg e de bengala em punho, o prédio do Superior Tribunal de Justiça; ou quando relatava casos de repercussão nacional, como o da falência da Vasp.

Paulistano, filho de funcionários públicos, formou-se em direito, mas não advogou - foi assessor do secretário da Justiça e da Segurança Pública Hely Lopes Meirelles, de 1967 a 1969. Deixou o cargo para ser juiz.

Trabalhou no Segundo Tribunal de Alçada Civil por uma década e outra como desembargador do Tribunal de Justiça. Saiu em 2004, para ser ministro do STJ.

Em Brasília a rotina ficou pesada com o "volume desumano de processos", alguns explosivos, como o caso que relatou do jornalista Pimenta Neves, que matou a ex-namorada. Homem calado e discreto, "não gostava de ver suas decisões estampadas nas capas das revistas".

Por isso trocou a turma do direito público pela do direito privado. Onde assumiu o processo sobre a falência da Vasp, talvez o mais estressante da carreira. Sempre teve excesso de peso. "Mas, por causa do exercício da profissão", engordou ainda mais.

A paixão pelo direito, legou aos três filhos, todos advogados, assim como a pelo futebol do São Paulo. Sócio há 30 anos, nunca pisara no estádio, pelas dificuldades em caminhar. "Atividade física não era muito com ele", que assistia aos jogos pela TV.

Fez então a cirurgia para reduzir o estômago, emagrecer e viajar o mundo, mas teve complicações. Morreu no dia 1º, aos 66. Foi enterrado com a bandeira do São Paulo.

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Fonte: Folha de S.Paulo - 8/2/2008
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