Advogada que já foi acusada de ligação com PCC, volta a ser presa por suspeita de assalto em Franca/SP

Advogada volta a ser presa por suspeita de assalto

A advogada Adriana Telini Pedro, de Franca/SP, foi presa ontem por suspeita de envolvimento em um assalto. Ela já havia sido presa em 2006, também por envolvimento com assaltantes, quando chegou a ser convocada por uma comissão parlamentar de inquérito da Câmara dos Deputados, em Brasília/DF, que investigou tráfico de drogas.

Segundo a polícia, a advogada teria participado do roubo de um malote contendo cerca de R$ 100 mil em jóias, no dia 21 deste mês. A advogada teria atraído o casal para o seu escritório, sob a justificativa de que precisava comprar uma aliança. Ao sair do local, o casal foi abordado por dois homens armados. O homem do casal reagiu e levou um tiro no pé. Os bandidos fugiram em uma moto roubada.

A advogada foi presa em seu escritório no Centro da cidade, junto com sua secretária. O namorado da advogada, Luciano Gonçalves, de 31 anos, que também estaria envolvido no crime, foi preso em Campinas e está sendo levado para Franca.

O delegado Márcio Garcia Murari disse que a polícia chegou até Adriana após prender um dos bandidos. No celular dele, foram encontradas mensagens da advogada para o assaltante.

Em 2006, Adriana foi acusada de envolvimento com o crime organizado, por formação de quadrilha e associação para o tráfico. A polícia gravou telefonemas da advogada, com autorização da Justiça.

Em uma das conversas, Adriana indicava um cliente dela mesma para ser assaltado. Em outra, oferecia ajuda para um fugitivo da cadeia de Franca. Adriana chegou a ser suspensa pela OAB e, ainda em 2006, prestou depoimento na CPI que investigou o tráfico de drogas.

A OAB de Franca informou que vai remeter uma cópia do inquérito para o Tribunal de Ética da entidade em Ribeirão Preto. O advogado de Adriana, Rui Engracia Garcia, disse que vai entrar com um pedido de revogação de prisão temporária no TJ/SP.