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Criminosos levam Picasso e Portinari do Masp e o museu fecha

Da Redação

sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

Atualizado em 20 de dezembro de 2007 11:21


Museu fecha

Criminosos levam Picasso e Portinari do Masp

A colunista Mônica Bergamo, no jornal Folha de S.Paulo de ontem (20/12), informou que o Masp - Museu de Arte de São Paulo foi furtado na madrugada de quinta-feira, na maior ocorrência deste tipo na instituição.

Foram furtadas duas obras que estão entre as mais importantes do acervo: "O Lavrador de Café", de Portinari, e "Retrato de Suzanne Bloch", de Picasso.

O museu não abrirá nos próximos dias, até a conclusão das investigações. As primeiras informações dão conta de que a ação foi rápida e precisa: os ladrões sabiam as obras que queriam levar da instituição. As câmeras do museu registraram tudo e servirão de base para as investigações.

As obras

  • "O Lavrador de Café" - Portinari

O Lavrador de Café, de Portinari (1903-1962), com seus imensos pés e mãos, simbolizam o poder transformador do trabalho dos camponeses e dos oriundos da raça negra, em particular; um belo retrato do pensamento social no Brasil da década de 30.

  • "Retrato de Suzanne Bloch" - Picasso

A exposição promovida em 1994 pelo Musée Picasso de Paris conferiu renovado relevo à figura de Suzanne Bloch, personagem dos círculos freqüentados por Picasso na Paris do início do século. Irmã do violonista Henri Bloch e importante cantora wagneriana, Suzanne Bloch posou no ateliê de Picasso, no número 13 da rue Ravignan, onde fora introduzida por Max Jacob, em finais de 1904. Fruto dessas sessões, talvez tenha sido apenas o desenho a bico de pena com realces de guache, que lhe fez então Picasso (assinado e datado de 1904), conservado na coleção Neubury Coray, em Ascona (Palau i Fabre, apud Camesasca 1987, p. 214). O retrato a óleo nasce, em todo o caso, ainda neste ano de 1904, o último da fase azul, a que ele tão plenamente pertence. Esse retrato caracteriza-se pela emergência de uma reflexão sobre a estrutura plástico-cromática de Cézanne, no âmbito de um "pós-impressionismo, já absorto nos problemas que farão explodir a arte" (Camesasca 1987, p. 215)

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