Suprema Corte dos EUA adia mais uma execução por injeção letal
Da Redação
quarta-feira, 31 de outubro de 2007
Atualizado às 08:22
Nos EUA...
Suprema Corte adia mais uma execução por injeção letal
Quinze minutos antes de receber uma injeção letal em uma prisão no Estado americano do Mississippi, nesta terça-feira, o prisioneiro Earl Wesley Berry teve sua execução adiada por uma decisão da Suprema Corte dos Estados Unidos.
Os advogados de Berry, condenado à morte em 1988 pelo assassinato de uma mulher no ano anterior, entraram com o pedido de adiamento da execução do prisioneiro até que a Justiça decida se o uso da injeção letal é ou não inconstitucional.
Berry já havia comido o que seria sua última refeição e se despedido da família, mas ainda não havia sido levado para a câmara de execução quando a decisão da Suprema Corte foi anunciada.
Este foi o último de uma série de adiamentos de execuções por injeção letal
Nesse caso, dois réus de Kentucky, Ralph Baze e Thomas Clyde Bowling Jr, alegam que a injeção letal é cruel e viola a oitava emenda da Constituição americana (que proíbe punições cruéis).
Diversos tribunais americanos estão recebendo pedidos de adiamento de execuções até que o caso de Kentucky seja decidido, o que está previsto para o início de 2008.
Segundo analistas, esses tribunais irão provavelmente interpretar a decisão da Suprema Corte como um sinal de que devem impor uma moratória extra-oficial às execuções até que o caso "Baze versus Reese" tenha uma decisão.
Segundo Rajesh Mirchandani, correspondente da BBC em Washington, a decisão sobre o caso "Baze versus Reese" não vai acabar com a pena de morte, mas poderá mudar a maneira como os Estados Unidos aplicam a pena.
Dos 38 Estados americanos que aplicam a pena capital, 37 utilizam o método de injeção letal.
Nesse tipo de execução os prisioneiros recebem uma combinação de três drogas: primeiro, um sedativo; depois, uma substância que paralisa todos os músculos, menos o coração; por fim, é aplicada uma droga que provoca uma parada cardíaca e mata o prisioneiro.
Ativistas de direitos humanos argumentam que o uso de sedativos faz com que seja impossível determinar se o prisioneiro está sofrendo ou não.
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