Advogado de multinacional é morto com 2 tiros na garagem de sua casa em SP
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Da Redação
terça-feira, 23 de outubro de 2007
Atualizado às 08:20
Ataque
Advogado de multinacional é morto com 2 tiros na garagem de sua casa em SP
O diretor jurídico da Dow Brasil, Alex Ferreira Borges, foi assassinado com dois tiros na tarde de domingo, 21/10, na garagem de sua casa, em City Boaçava, bairro nobre da zona oeste de SP. Solteiro, o advogado de 38 anos voltava da casa da mãe, na Lapa, em uma Pajero que estava no nome da empresa. Borges tinha uma filha, de 3 anos.
Segundo uma testemunha, um rapaz com trajes de surfista e boné entrou na garagem pouco depois das 16h, logo que Borges chegou, quando o primeiro dos dois portões elétricos da casa se fechava. Dois carros pratas, um Fiesta com vidros escurecidos e um Corolla, davam cobertura em duas esquinas do quarteirão da casa do advogado.
Vizinhos que conversavam em frente a uma casa próxima à do advogado ouviram dois estampidos. Na seqüência, viram o rapaz de boné pular o portão e fugir no Fiesta, que foi seguido pelo Corolla. Borges gritou pedindo ajuda. Foi encontrado no chão, com as mãos no pescoço, ao lado da Pajero. Os vizinhos, com medo, chamaram a segurança local, que socorreu Borges. Policiais militares também prestaram socorro e o levaram ao Pronto Socorro da Lapa, mas Borges morreu no caminho.
Um amigo do advogado contou à polícia que Borges temeu ser seqüestrado no início do ano e que a Dow Brasil contratou seguranças para acompanhá-lo por três semanas. Ele teria suspeitado de dois homens em um restaurante que o teriam filmado de um celular, na mesa ao lado, por algum tempo.
O irmão da vítima disse informalmente aos investigadores do 14º Distrito Policial que Borges era bastante reservado e nunca reclamou de qualquer ameaça.
O delegado João Batista Araújo, responsável pela investigação, acredita que o grupo assaltaria a casa e que o assassino disparou por temer uma reação de Borges. "Não está descartada a execução, mas para mim foi uma tentativa de roubo. Ele percebeu algo estranho e ao tentar sair do carro o bandido disparou". O delegado disse que pediu as fitas de vídeo de algumas casas da região e vai analisá-las para apurar o caso. "Poderemos ao menos identificar os carros".
Em nota a empresa declarou apoio à família de Borges e lamentou a morte de "profissional tão respeitado pelos colegas". O presidente da OAB/SP - Luiz Flávio Borges D'Urso - lamentou o caso e pediu apuração rápida do assassinato do advogado.
"A violência faz a terceira vítima entre os advogados este ano. Um colega de apenas 38 anos, formado pela Faculdade de Direito da USP (OAB 122401)