Para Dino, distorções em fundos causam "canibalização orçamentária"
Ministro alerta que fragmentação compromete financiamento de áreas essenciais como educação e saúde.
Da Redação
quarta-feira, 26 de março de 2025
Atualizado às 17:16
Em sessão plenária no STF, nesta quarta-feira, 26, ministro Flávio Dino, ao votar em ação que discute a constitucionalidade de taxas cobradas pelo Corpo de Bombeiros, criticou o que chamou de "canibalização do orçamento público" e alertou para distorções no uso de taxas com "viés de imposto".
Segundo o ministro, há uma tendência crescente de fragmentação da peça orçamentária com a criação de fundos e taxas vinculadas a diferentes órgãos e setores. "Todo mundo quer uma taxa e um fundo para chamar de seu, e isso resulta em que a peça orçamentária vai cada vez mais se tornando inviável", pontuou.
Dino explicou que a multiplicação de vinculações de receitas - como aquelas destinadas à educação, saúde, Poderes, e mais recentemente às emendas parlamentares - compromete a flexibilidade do orçamento público. "Se os recursos arrecadados pela Secretaria de Fazenda ficarem só com a Secretaria de Fazenda, no dia seguinte não funciona a escola, não funciona o hospital", exemplificou.
Veja a fala: