PF investiga ataque a sistema do CNJ para soltar presos de alto perigo
Alterações fraudulentas beneficiaram condenados de facções criminosas com penas superiores a 60 anos.
Da Redação
quinta-feira, 13 de fevereiro de 2025
Atualizado às 12:02
A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira, 13, a Operação Data Change para investigar um grupo criminoso acusado de acessar, de forma fraudulenta, os sistemas de execução penal e de mandados de prisão administrados pelo CNJ.
A investigação apontou indícios da participação de advogados no esquema, que visava antecipar progressões de regime prisional para condenados, incluindo integrantes de facções criminosas com penas superiores a 60 anos.
Segundo informações, as fraudes envolviam alterações nos dados das penas e inserção de documentos falsos.
As alterações tinham como objetivo adiantar as datas para progressão de regime, permitindo que os apenados progredissem mais rapidamente do regime fechado para o semiaberto, de onde rompiam a tornozeleira eletrônica e tornavam-se foragidos.
As irregularidades foram detectadas pelo CNJ, que acionou imediatamente a PF e adotou medidas para reforçar a segurança dos sistemas. Inicialmente, foram identificados 15 processos de execução penal com indícios de fraude, mas o número pode crescer com o avanço das apurações.
Para avançar nas investigações, a PF cumpriu oito mandados de busca e apreensão em Goiânia/GO. Entre os beneficiados pelas fraudes estão integrantes de organizações criminosas, já condenados a mais de seis décadas de reclusão.
Com informações do Gov.com.