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Aos 79 anos morre em São Paulo, Antônio Carlos Magalhães

O senador Antonio Carlos Magalhães morreu hoje na cidade de São Paulo, de acordo com os médicos do Instituto do Coração, onde estava internado. Aos 79 anos, ACM morreu "em decorrência de falência de múltiplos órgãos secundária à insuficiência cardíaca", disse a assessoria de imprensa do hospital. O ex-presidente do Senado Federal e, por conseqüência, ex-presidente do Congresso Nacional, foi internado no dia 13 de junho para tratar problemas cardíacos e renais. A família ainda não informou onde acontecerá o velório e o enterro.

Da Redação

sexta-feira, 20 de julho de 2007

Atualizado às 12:14


Falecimento

Senador ACM morre aos 79 anos em São Paulo

O senador Antonio Carlos Magalhães morreu hoje na cidade de São Paulo, de acordo com os médicos do Instituto do Coração, onde estava internado. Aos 79 anos, ACM morreu "em decorrência de falência de múltiplos órgãos secundária à insuficiência cardíaca", disse a assessoria de imprensa do hospital.

O ex-presidente do Senado Federal e, por conseqüência, ex-presidente do Congresso Nacional, foi internado no dia 13 de junho para tratar problemas cardíacos e renais. A família ainda não informou onde acontecerá o velório e o enterro.

Antonio Carlos Peixoto de Magalhães foi um dos mais influentes nomes do cenário político brasileiro nos últimos quarenta anos, e manteve-se como força atuante em governos dos mais variados matizes ideológicos, desde o regime militar instituído em 1964 até a atual administração do petista Lula.

Nascido em 4 de setembro de 1927 e médico por formação, ACM pode atribuir seu ingresso na vida política à atuação como líder estudantil. Foi também Presidente do Diretório Central de Estudantes na Universidade Federal da Bahia.

Filiado à União Democrática Nacional, foi eleito deputado estadual em 1954 e por três vezes deputado federal, em 1958, 1962 e 1966. Assumiu a prefeitura de Salvador/BA em 1967, já ligado à Arena (Aliança Renovadora Nacional), partido de base do governo militar.

Em seguida, ACM foi governador da Bahia por três vezes. Os dois primeiros mandatos foram de 1971 a 1975 e de 1979 a 1983, por indicação do regime militar. O terceiro em eleições diretas por escolha popular, de 1991 a 1994.

Esteve ainda à frente da Eletrobras (Centrais Elétricas Brasileiras S.A), em 1975, nomeado pelo então presidente da República Ernesto Geisel, e do Ministério das Telecomunicações, durante o governo de José Sarney.

Em 1994, foi eleito para a primeira legislatura como senador pelo Estado da Bahia. Presidiu a Casa entre 1997 e 2001. Em 30 de junho de 2001, durante as investigações sobre sua conduta no episódio da quebra do sigilo do painel eletrônico do Senado, viu-se obrigado a renunciar ao mandato, em uma estratégia para manter os direitos políticos e retornar ao circuito nas eleições do ano seguinte.

No entanto, o principal revés de ACM, ocorreu em 21 de abril de 1998, com a morte de seu filho, o deputado federal Luís Eduardo de Magalhães, vítima de um infarto aos 43 anos.

ACM manteve-se ativo e teve seu campo de influência renovado com as eleições de 2002, quando foi eleito novamente ao Senado. Ele ainda contribuiu para a chegada do aliado Paulo Souto ao governo da Bahia, e de Antonio Carlos Magalhães Neto à Câmara Federal.

Em 2003, ACM esteve envolvido em novo escândalo. Dessa vez, foi acusado de utilizar a estrutura da Secretaria de Segurança Pública da Bahia para realizar escutas telefônicas ilegais contra seus desafetos políticos. Após a abertura de inquérito pela Polícia Federal e da denúncia oferecida pela Procuradoria Geral da República, o caso acabou arquivado pelo STF.

Nas eleições de 2006, foi duplamente derrotado. Nacionalmente, seu candidato Geraldo Alckmin não conseguiu impedir a reeleição de Lula; regionalmente, ACM viu o aliado Paulo Souto perder um novo período à frente do governo estadual baiano, ainda no primeiro turno, para o petista Jaques Wagner.

Com sua morte, aos 79 anos, ACM será substituído pelo filho, Antonio Carlos Magalhães Júnior, que assume a vaga como suplente durante o restante do mandato no Senado, até 2011.

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