TJ/SP reconhece motivação de crime e mantém condenação por latrocínio
Relator entendeu que prova documental não deixou espaço para dúvidas quanto à motivação do criminoso.
Da Redação
terça-feira, 24 de dezembro de 2024
Atualizado em 23 de dezembro de 2024 16:16
A 13ª câmara de Direito Criminal do TJ/SP manteve decisão da 1ª vara Criminal de Campinas/SP, proferida pela juíza Patrícia Suárez Pae Kim, que condenou homem pelo crime de latrocínio. O Tribunal entendeu que as provas documentais foram suficientes para demonstrar a motivação do crime.
Conforme consta nos autos, o acusado invadiu o apartamento de um casal de idosos durante a madrugada com o intuito de furtar bens. Surpreendido pelos moradores, que acordaram devido ao barulho, ele os assassinou por estrangulamento e asfixia. Após o crime, revirou o imóvel e levou R$ 240 antes de fugir.
Em 1ª instância, o juízo da 1ª vara Criminal de Campinas/SP condenou o criminoso pelo crime de latrocínio.
Nesse sentido, a defesa interpôs recurso pedindo a desclassificação do crime de latrocínio para homicídio, alegando insuficiência de provas.
Em sede recursal, o relator Luís Geraldo Lanfredi rejeitou a tese de homicídio em seu voto, ao entender que se o acusado estivesse mesmo agindo em razão de vontade preordenada de ceifar a vida dos ofendidos, se dirigiria diretamente ao local onde as vítimas estavam dormindo, e não como o fez, "perambulado pela residência".
Ainda, reforçou que a prova documental não deixa espaço para dúvidas no que tange à motivação do criminoso naquela oportunidade.
"O imóvel estava inteiramente revirado. Tudo está a desnudar que o apelante vasculhou os pertences das vítimas. Queria encontrar itens que pudesse levar consigo", destacou o magistrado.
Dessa forma, por unanimidade, o colegiado confirmou a condenação pelo crime de latrocínio, mantendo a decisão proferida pela juíza Patrícia Suárez Pae Kim.
- Processo: 1504071-73.2023.8.26.0548
Leia a decisão.
Com informações do TJ/SP.