sábado, 26 de abril de 2025

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Acordo econômico

Mercosul e União Europeia firmam acordo de livre comércio

Os blocos econômicos selaram o tratado após 25 anos de negociações, na última sexta-feira, dia 6/12.

Da Redação

terça-feira, 10 de dezembro de 2024

Atualizado às 11:40

Na última sexta-feira, 6/12, o Mercosul e a União Europeia selaram um acordo de livre comércio após 25 anos de negociações. O tratado promete facilitar o comércio entre 718 milhões de pessoas, conectando dois mercados com um PIB combinado de US$ 22 trilhões. No caso do Brasil, o acordo tem potencial para elevar o PIB nacional em 0,5% ao ano, conforme projeções do Ipea.

Os tratados de livre comércio podem ser acordos bilaterais, como entre Brasil e Estados Unidos ou França e Angola, ou negociações no âmbito de blocos econômicos, como o Mercosul e a União Europeia. Mas quais as consequências da negociação, tendo em vista países que apresentaram ser contra o acordo, como a França e a Polônia?

De acordo com Marcelo Godke, sócio do Godke Advogados e especialista em Direito Internacional Empresarial, tratados costumam gerar duas grandes consequências. "Primeiramente, a redução de impostos de importação e outras barreiras não tarifárias permite que produtos de países mais competitivos entrem no mercado, o que pode ocasionar perda de empregos em setores menos competitivos". Contudo - ele acrescenta - em áreas onde um país apresenta maior competitividade, esses acordos possibilitam acesso a mercados antes inviáveis, favorecendo a exportação e reduzindo custos, o que aumenta a competitividade.

"Embora possam existir impactos negativos pontuais, como perdas de emprego em determinados setores, a liberalização comercial frequentemente resulta em crescimento econômico global. No entanto, setores com forte influência política, como o agrícola na França, podem gerar resistência a esses acordos, dificultando negociações em bloco. É por isso que os Estados Unidos, por exemplo, preferem negociações bilaterais, que geralmente oferecem maior êxito", explica Godke.

 (Imagem: Divulgação/M2 Comunicação Jurídica)

Marcelo Godke é especialista em Direito Internacional Empresarial.(Imagem: Divulgação/M2 Comunicação Jurídica)

A negociação entre blocos é mais complexa e frequentemente resulta em acordos abaixo do esperado. "A França, como membro da União Europeia, pode, em tese, barrar avanços em negociações cruciais entre blocos, mesmo quando o potencial benefício é enorme, abrangendo mais de 700 milhões de pessoas e trilhões de PIB". O advogado acredita que, apesar de setores específicos poderem ser prejudicados, os benefícios gerais tendem a superar as perdas.

"Acordos de livre comércio negociados bilateralmente são geralmente mais eficazes e rápidos de implementar do que os realizados entre blocos, que podem levar décadas para serem assinados e colocados em prática. Penso que esse acordo é importantíssimo. Ele levou muito tempo, deu muito trabalho para ser concretizado, era preciso ver esses acordos efetivamente assinados e implementados", conclui.

Godke Advogados

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Os blocos econômicos selaram o tratado após 25 anos de negociações, na última sexta-feira, dia 6/12.

Da Redação

terça-feira, 10 de dezembro de 2024

Atualizado às 11:40

Na última sexta-feira, 6/12, o Mercosul e a União Europeia selaram um acordo de livre comércio após 25 anos de negociações. O tratado promete facilitar o comércio entre 718 milhões de pessoas, conectando dois mercados com um PIB combinado de US$ 22 trilhões. No caso do Brasil, o acordo tem potencial para elevar o PIB nacional em 0,5% ao ano, conforme projeções do Ipea.

Os tratados de livre comércio podem ser acordos bilaterais, como entre Brasil e Estados Unidos ou França e Angola, ou negociações no âmbito de blocos econômicos, como o Mercosul e a União Europeia. Mas quais as consequências da negociação, tendo em vista países que apresentaram ser contra o acordo, como a França e a Polônia?

De acordo com Marcelo Godke, sócio do Godke Advogados e especialista em Direito Internacional Empresarial, tratados costumam gerar duas grandes consequências. "Primeiramente, a redução de impostos de importação e outras barreiras não tarifárias permite que produtos de países mais competitivos entrem no mercado, o que pode ocasionar perda de empregos em setores menos competitivos". Contudo - ele acrescenta - em áreas onde um país apresenta maior competitividade, esses acordos possibilitam acesso a mercados antes inviáveis, favorecendo a exportação e reduzindo custos, o que aumenta a competitividade.

"Embora possam existir impactos negativos pontuais, como perdas de emprego em determinados setores, a liberalização comercial frequentemente resulta em crescimento econômico global. No entanto, setores com forte influência política, como o agrícola na França, podem gerar resistência a esses acordos, dificultando negociações em bloco. É por isso que os Estados Unidos, por exemplo, preferem negociações bilaterais, que geralmente oferecem maior êxito", explica Godke.

 (Imagem: Divulgação/M2 Comunicação Jurídica)

Marcelo Godke é especialista em Direito Internacional Empresarial.(Imagem: Divulgação/M2 Comunicação Jurídica)

A negociação entre blocos é mais complexa e frequentemente resulta em acordos abaixo do esperado. "A França, como membro da União Europeia, pode, em tese, barrar avanços em negociações cruciais entre blocos, mesmo quando o potencial benefício é enorme, abrangendo mais de 700 milhões de pessoas e trilhões de PIB". O advogado acredita que, apesar de setores específicos poderem ser prejudicados, os benefícios gerais tendem a superar as perdas.

"Acordos de livre comércio negociados bilateralmente são geralmente mais eficazes e rápidos de implementar do que os realizados entre blocos, que podem levar décadas para serem assinados e colocados em prática. Penso que esse acordo é importantíssimo. Ele levou muito tempo, deu muito trabalho para ser concretizado, era preciso ver esses acordos efetivamente assinados e implementados", conclui.

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