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Memórias

Migalhas Cultural indica dois filmes sobre a ditadura militar brasileira

Ainda Estou Aqui e Marighella são os indicados. Confira a resenha.

Da Redação

sábado, 30 de novembro de 2024

Atualizado às 10:43

Nesta edição, o Migalhas Cultural destaca dois filmes nacionais que abordam o período da ditadura militar brasileira, propondo reflexões sobre memória, luto e resistência. São produções que relembram um passado sombrio para que os anos de chumbo nunca sejam esquecidos.

Ainda Estou Aqui

Em cartaz nos cinemas brasileiros, Ainda Estou Aqui, dirigido por Walter Salles, retrata a dor da família de Rubens Paiva, ex-deputado desaparecido durante a ditadura. A trama acompanha Eunice Paiva e seus cinco filhos na difícil tarefa de reconstruir suas vidas após a trágica perda.

Paiva era parlamentar quando, no início da década de 70, foi levado por militares e desapareceu. O filme é inspirado no livro de Marcelo Rubens Paiva, filho do parlamentar, e conta a história da família, que é obrigada a se reinventar.

Viúva desde 1973, Eunice transformou sua dor em força, ingressando na faculdade de Direito, tornando-se uma advogada respeitada e uma das maiores especialistas em Direito Indígena do país. Sua atuação foi fundamental na Constituinte de 1988, defendendo a autonomia dos povos indígenas.

Comovente e já reconhecida internacionalmente, a produção é uma forte candidata ao Oscar 2025.

Marighella

Outra obra importante é Marighella, dirigido por Wagner Moura. O filme narra a história do ativista e guerrilheiro Carlos Marighella, que liderou a resistência contra o regime militar na década de 1960. Lançado em 2019, o longa é baseado no livro Marighella: O Guerrilheiro que Incendiou o Mundo, de Mário Magalhães, e apresenta a trajetória política e pessoal do ativista, desde suas origens como deputado Federal pelo Partido Comunista Brasileiro até sua atuação como guerrilheiro urbano.

Interpretado por Seu Jorge, Marighella é retratado como um homem de coragem e convicção, que enfrentou o regime militar liderando ações contra a repressão, sempre em busca de justiça social. O filme mostra a formação da ALN - Ação Libertadora Nacional, grupo que promovia ações armadas contra o governo, e os desafios enfrentados por ele e seus companheiros.

Disponível na Globoplay, o longa convida o espectador a refletir sobre o passado e as implicações de atos de coragem.

Ambas as produções não apenas revisitam momentos cruciais da história do Brasil, mas também servem como alertas sobre a importância de preservar a memória e os direitos conquistados. Para nunca esquecer.

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