Sorteio da obra "Era uma vez em Curitiba"
O nome da obra é inspirado nas obras do cineasta Sergio Leone, criador de Era uma Vez no Oeste e Era uma vez na América, que contam sobre grupos apagados da sociedade.
Da Redação
quinta-feira, 28 de novembro de 2024
Atualizado às 14:35
A obra "Era uma vez em Curitiba" (Editora Tirant Lo Blanch 112p.), escrita por André Rogal, traz uma história crítica inédita sobre identidade cultural curitibana.
O livro conta sobre como Curitiba apagou da história a figura cultural que era típica da cidade, ao ponto de atualmente enxergá-la como um agente externo, como se este tipo cultural fosse gaúcho do Rio Grande do Sul ou tropeiro dos Campos Gerais, mas que nunca teve um vínculo cultural com a Capital do Paraná. Esta figura cultural, construída com base nos hábitos de vida dos primeiros povoadores da cidade e seus descendentes, teria sido excluída de Curitiba com o interesse do estado e suas Leis por motivos geopolíticos, ou seja, passou a ser tratada como um inimigo.
Além disso, conta como as leis locais proibiram bailes, música, vestimenta, lazer, bem como endureceram a tributação e levaram à prisão e perseguição política várias pessoas que se identificavam com a cultura sulista que hoje o senso comum atribui exclusivamente aos gaúchos do Rio Grande do Sul e países vizinhos, como Argentina e Uruguai.
Sobre o autor:
André Gessi Rogal Wuicik é graduado em Jornalismo e Direito pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná e mestrando em Sociologia pela Universidad Católica Argentina, onde também estuda a construção da identidade cultural curitibana. É autor dos livros "Túneis de Curitiba - Verdades e Mitos sobre os subterrâneos da capital paranaense" e "Cruz Machado - Os mistérios da vida noturna de Curitiba". Pesquisador focado nos estudos locais, acredita que a autenticidade e a verdade sempre são maiores do que a propaganda institucional.