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Operação Contragolpe

Lewandowski repudia plano de golpe: "fatos gravíssimos e inaceitáveis"

Ministro da Justiça disse que são "fortíssimos" indícios contra militares presos.

Da Redação

quarta-feira, 20 de novembro de 2024

Atualizado às 08:34

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, repudiou veementemente nesta terça-feira, 19, a atuação do grupo acusado de planejar um golpe de Estado para impedir a posse do governo eleito em 2022 e executar ministro do STF. 

"São fatos gravíssimos, absolutamente inaceitáveis, e que colocam em risco não apenas as instituições republicanas, mas a vida cotidiana dos cidadãos brasileiros. Portanto, merecem o mais profundo repúdio", afirmou o ministro.

Lewandowski destacou a gravidade da participação de quatro militares e de um Policial Federal no esquema investigado. Segundo ele, o fato de agentes do Estado, formados para o uso lícito da força, estarem envolvidos em um plano contra as próprias instituições é inadmissível.

"Foi uma ação isolada de pessoas que estavam em postos de comando, e é muito grave que - pessoas que foram formadas pelo Estado para o emprego lícito da força, armados pelo Estado - pratiquem esse tipo de atentado contra o próprio Estado", reforçou o ministro.

Instituições atuantes

O ministro também defendeu que o caso não representa falhas no sistema de segurança do país. "As instituições trabalharam e fizeram uma eleição democrática, em que todas as medidas foram tomadas para que ocorresse sem incidentes", declarou.

Lewandowski garantiu que as investigações seguem em curso e que o Estado está comprometido em dar uma resposta adequada à sociedade.

"A dimensão dessa ação criminosa está sendo objeto de investigação e em breve o povo brasileiro terá uma resposta adequada para isso", concluiu.

 (Imagem: Robson Alves/MJSP)

Ministro Lewandowski repudia plano de golpe de Estado.(Imagem: Robson Alves/MJSP)

Operação Contragolpe

A Polícia Federal deflagrou a Operação Contragolpe, para desarticular organização criminosa responsável por ter planejado um golpe de Estado para impedir a posse do presidente eleito em 2022 e restringir o livre exercício do Poder Judiciário.

Até o momento, cinco pessoas teriam sido presas, com autorização do STF. Quatro suspeitos são militares do Exército, ligados às forças especiais, os chamados "kids pretos". Um policial Federal também teria sido preso.

Segundo a Polícia Federal, os investigados são, em sua maioria, militares com formação em Forças Especiais, e a organização criminosa se utilizou de elevado nível de conhecimento técnico-militar para planejar, coordenar e executar ações ilícitas nos meses de novembro e dezembro de 2022.

Entre essas ações elaboradas pelo grupo, a investigação identificou um detalhado plano denominado "Punhal Verde e Amarelo", que seria executado no dia 15 de dezembro de 2022, voltado ao homicídio de Lula e Geraldo Alckmin, então presidente da República e vice eleitos.

"Ainda estavam nos planos a prisão e execução de um ministro do Supremo Tribunal Federal, que vinha sendo monitorado continuamente, caso o Golpe de Estado fosse consumado", disse a PF. O ministro seria Alexandre de Moraes.

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