Edifício-sede do STF volta a ser cercado por grades após atentado
Presidente da Corte defendeu a segurança do Tribunal e lamentou o impacto do ato terrorista na Praça dos Três Poderes.
Da Redação
sexta-feira, 15 de novembro de 2024
Atualizado em 16 de novembro de 2024 07:23
O edifício-sede do STF voltou a ser protegido por grades nesta quinta-feira, 14, após explosões registradas na Praça dos Três Poderes no dia anterior. A decisão foi tomada pela equipe de segurança do Tribunal em resposta ao incidente.
As barreiras metálicas, que haviam sido instaladas após os atos de vandalismo ocorridos em 8 de janeiro, foram removidas em fevereiro deste ano em um gesto simbólico que contou com a presença dos presidentes do STF, Luís Roberto Barroso, do Senado, Rodrigo Pacheco, e do presidente Lula.
Na última quarta-feira, 13, um homem identificado como Francisco Wanderley tentou acessar o prédio do STF carregando explosivos. Impedido pelos agentes de segurança, ele acionou os explosivos no local, tirando a própria vida.
Questionado sobre a eficácia dos procedimentos de segurança, o presidente do STF, ministro Luís Roberto Barroso, afastou a hipótese de falhas. "Não houve falha na segurança. Esse cidadão se explodiu porque não conseguiu entrar. Ele ia se explodir aqui dentro. De modo que a segurança funcionou perfeitamente", declarou o ministro.
Barroso ressaltou que o impacto do ocorrido na circulação de pessoas pela Praça dos Três Poderes, que recentemente havia sido reaberta ao público. "Estava muito bonito a praça sem grades, as pessoas voltando a passear na praça. Em qualquer lugar do mundo, o sujeito que coloca uma bomba no corpo para se explodir e matar alguém é terrorista. É uma pena que um ato terrorista como esse impeça que a praça volte a ser do povo como ela deve ser", afirmou.
Pela manhã de ontem, S. Exa. se reuniu com a governadora em exercício do Distrito Federal, Celina Leão, e o secretário executivo da Secretaria de Segurança Pública, Alexandre Patury. Durante o encontro, foram apresentados relatórios preliminares sobre as investigações e medidas para reforçar a proteção no entorno do STF.
Entre as ações avaliadas, Patury destacou a possibilidade de utilizar câmeras de reconhecimento facial e drones autônomos para fortalecer o monitoramento.
O secretário também garantiu que o protocolo de segurança da Esplanada dos Ministérios é um dos mais rígidos do Brasil.