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Posição ostensiva

Em defesa da PM, Moraes diz que quando "a coisa aperta" todos a chamam

Ministro também questionou "trauma da ditadura" que culpabiliza a corporação por "tudo o que acontece".

Da Redação

quarta-feira, 23 de outubro de 2024

Atualizado às 20:07

Nesta quarta-feira, 23, durante julgamento no STF a respeito da possibilidade de patrulhamento preventivo pelas Guardas Civis, ministro Alexandre de Moraes defendeu a atuação das Polícias Militares.

A manifestação de Moraes foi motivada pelo posicionamento do Gaets - Grupo de Atuação Estratégica das Defensorias Públicas Estaduais e Distrital nos Tribunais Superiores, que atua como amicus curiae na ação.

O grupo das defensorias se posicionou contra o patrulhamento ostensivo pelas guardas municipais, argumentando que a função é de responsabilidade da Polícia Militar, a qual tem treinamento adequado, estrutura e hierarquia para realizar esse tipo de atuação.

Moraes elogiou a sustentação apresentada pelo defensor público. Em sua fala, o ministro deu a entender que a argumentação da defensoria poderia sinalizar mudança na posição tradicionalmente defendida pela instituição, alinhada à defesa da desmilitarização da polícia.

"Desde 2012, e depois, no período que fui secretário de Segurança Pública, o núcleo de cidadania e de direitos humanos da Defensoria Pública de São Paulo (DPE/SP) defende a desmilitarização da PM, a extinção da PM. As ONGs defendem a desmilitarização. Mas quando a coisa aperta, todos nós chamamos quem? A PM", provocou o ministro.

Veja o momento:

Segundo Moraes, a PM continua sendo alicerce para a segurança pública. "É um momento importante porque a PM é importantíssima para garantir a segurança do país", acrescentou.

Moraes também mencionou o impacto do regime militar sobre a percepção da PM, sugerindo que o Brasil está superando o trauma histórico.

"Depois de 36 anos da Constituição Federal, quase 38 da redemocratização, parece que nós estamos, como país, superando o trauma da ditadura em que tudo era culpa da PM".

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