Moraes brinca por Toffoli abrir inquérito das fake news: "vou perdoar"
Ao relembrar o inquérito instaurado por Toffoli, Moraes brincou: "continuo gostando dele, e um dia hei de perdoá-lo".
Da Redação
quarta-feira, 23 de outubro de 2024
Atualizado às 16:24
Na sessão plenária do STF, nesta quarta-feira, 23, ministro Alexandre de Moraes, ao homenagear ministro Dias Toffoli pelos seus 15 anos de atuação na Corte, brincou com o fato de ter sido designado para relatar o inquérito das fake news. "Apesar do que ele fez comigo, na designação do inquérito, eu continuei sempre gostando do ministro Dias Toffoli e um dia hei de perdoá-lo por isso", brincou Moraes.
Durante seu discurso, Alexandre destacou a longa amizade com Toffoli, que remonta aos tempos em que ambos ingressaram na Faculdade de Direito do Largo de São Francisco, em 1986, e se formaram juntos em 1990.
Ademais, de maneira descontraída, o ministro fez uma brincadeira sobre a designação do inquérito das fake news, em que Toffoli o nomeou como relator, relembrando um momento marcante entre eles. "Apesar do que ele fez comigo, na designação do inquérito, continuei sempre gostando do ministro Dias Toffoli e um dia hei de perdoá-lo por isso".
Finalizando suas palavras, Alexandre de Moraes parabenizou o colega, demonstrando admiração pela trajetória de Toffoli no STF.
Assista o momento:
Relembre
Em março de 2019, o então presidente do STF, ministro Dias Toffoli, determinou a abertura de inquérito criminal para apuração de fatos e infrações relacionadas a fake news, denunciações caluniosas, ameaças e infrações contra o STF.
Na portaria 69/14, o presidente designou o ministro Alexandre de Moraes para conduzir o feito.
A abertura do inquérito ocorreu após Toffoli tomar ciência de artigo em que o procurador da Lava Jato Diogo Castor atacou o Poder Judiciário, colocando em xeque a competência da Justiça Eleitoral para julgar casos de corrupção.
A decisão se deu com base no art. 43 do regimento interno do STF, o qual dispôs: "ocorrendo infração à lei penal na sede ou dependência do Tribunal, o presidente instaurará inquérito, se envolver autoridade ou pessoa sujeita à sua jurisdição, ou delegará esta atribuição a outro ministro".