Gusttavo Lima nega na Justiça que fugiu para Miami após mandado de prisão
Defesa do cantor afirma que a viagem ao exterior já estaria planejada antes do decreto da Justiça.
Da Redação
sexta-feira, 27 de setembro de 2024
Atualizado em 28 de setembro de 2024 10:58
Por meio de petição apresentada ao TJ/PE, o cantor Gusttavo Lima negou os boatos de que teria viajado para Miami para tentar se esquivar da Justiça, após sua prisão ter sido decretada na última segunda-feira, 23, a qual foi posteriormente revogada no dia seguinte.
A defesa refutou qualquer irregularidade, apontando que a viagem foi agendada com antecedência e que Gusttavo Lima possui residência nos Estados Unidos, justificando a frequência de suas viagens.
Petição
Na petição apresentada, a defesa alegou que a viagem foi previamente agendada e ocorreu antes da decisão judicial. Os advogados afirmam que Gusttavo Lima possui residência em Miami e, por isso, realiza viagens frequentes entre os dois países.
"A viagem de retorno aos Estados Unidos ocorreu na madrugada do dia 23.09.24, às 01h, várias horas antes da existência do decreto prisional."
A defesa apresentou documentos que comprovam que o voo foi realizado à 1h da manhã do dia 23 de setembro, mais de 12 horas antes da decisão judicial que determinou sua prisão preventiva.
A viagem, conforme os advogados, foi contratada no dia 19 de setembro, sendo parte de uma agenda previamente organizada.
Os representantes legais de Gusttavo Lima ressaltaram que a aeronave utilizada no voo pertence à empresa do cantor, a Balada Eventos.
O avião passou por manutenções nos Estados Unidos, o que motivou a contratação de uma empresa de aviação executiva para realizar os voos seguintes, incluindo o retorno ao Brasil e o novo embarque para Miami.
"A cronologia dos fatos afasta qualquer ilação acerca de uma tentativa de evitar a implementação da prisão cautelar", destaca a defesa.
Além disso, os advogados reforçaram o compromisso do cantor com a Justiça e afirmaram que não há indícios de que ele tenha tentado se esquivar das autoridades.
A petição foi assinada pelos advogados Cláudio Dias Bessas, Matteus Macedo, Delmiro Campos, Alberto Pavie Ribeiro e Lucas Fischer.
Leia o documento completo.
Relembre
A prisão preventiva do cantor foi decretada nesta segunda-feira, 23, pela Andréa Calado da Cruz, da 12ª Vara Criminal do TJ/PE, no âmbito de operação que investiga suposta participação do cantor em crimes de lavagem de dinheiro e ocultação de valores provenientes de atividades ilícitas.
Já nesta terça-feira, 24, o desembargador Eduardo Guilliod Maranhão concedeu liminar e revogou a prisão preventiva do cantor Gusttavo Lima, e suspendeu as medidas cautelares que envolviam a retenção de seu passaporte e o porte de arma de fogo.
Para o desembargador, as justificativas utilizadas para a decretação da prisão preventiva e para a imposição das demais medidas cautelares constituem "meras ilações impróprias e considerações genéricas".