Réu no caso Dom e Bruno que teve acusação rejeitada irá a domiciliar
Desembargador do TRF-1 concedeu prisão domiciliar a Oseney da Costa baseado em problemas de saúde do acusado e falta de provas contra ele, enquanto outros réus permanecem presos.
Da Redação
sábado, 21 de setembro de 2024
Atualizado às 12:06
O TRF da 1ª região, por meio do desembargador Marcos Augusto de Sousa, concedeu nesta sexta-feira, 20, prisão domiciliar ao pescador Oseney da Costa de Oliveira, acusado pela morte do indigenista Bruno Pereira e do jornalista britânico Dom Phillips, em 2022. A defesa alegou problemas de saúde como motivo, incluindo a necessidade de uma colonoscopia para tratar sangramento intenso na região retal.
Antes de ser liberado do presídio, Oseney será monitorado por tornozeleira eletrônica e deverá permanecer na casa de um parente em Manaus. A decisão também foi influenciada por um julgamento anterior, na terça-feira, 17, quando a 4ª turma do TRF-1 rejeitou a acusação do Ministério Público contra ele, alegando falta de provas de sua participação nos homicídios.
Já os outros dois réus, Amarildo e Jefferson, continuarão presos e serão levados a julgamento no Tribunal do Júri de Tabatinga/AM, conforme decisão mantida pelo desembargador.
Entenda o caso
Bruno Pereira e Dom Phillips foram mortos em uma emboscada em 5 de junho de 2022, enquanto navegavam pelo Vale do Javari, no Amazonas. Os dois foram vistos pela última vez quando viajavam entre a comunidade São Rafael e Atalaia do Norte, em busca de encontros com lideranças indígenas e ribeirinhas. Os corpos foram encontrados dez dias depois, enterrados a três quilômetros do Rio Itacoaí.
Dom Phillips, colaborador do jornal britânico The Guardian, estava trabalhando em um livro sobre a Amazônia e os conflitos da região. Bruno Pereira, ex-coordenador da Funai, havia se licenciado para trabalhar na União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Univaja), e recebia ameaças devido à sua atuação em defesa dos povos indígenas e do meio ambiente.
Com informações da Agência Brasil.