Justiça nega pedido de Suzane von Richthofen para reduzir sessões psiquiátricas
A defesa dela recorreu ao TJ/SP, mas o pedido ainda não foi analisado.
Da Redação
sábado, 14 de setembro de 2024
Atualizado às 10:06
A Justiça de São Paulo negou o pedido de Suzane von Richthofen para reduzir a frequência de seus tratamentos psiquiátrico e psicológico, que ela é obrigada a cumprir desde que foi colocada em regime aberto. A decisão foi tomada pelo juiz de Direito Carlos Scala de Almeida, após a Secretaria de Saúde de Bragança Paulista, onde Suzane reside, solicitar a diminuição das consultas. A Secretaria argumentou que Suzane não apresenta alterações psicopatológicas que justifiquem a manutenção da atual periodicidade. As informações foram publicadas pelo jornalista Rogério Gentile, da Folha de S. Paulo.
Suzane foi condenada em 2002 pelo envolvimento no assassinato de seus pais e cumpriu 20 anos de uma pena de 39 anos de prisão em regime fechado. Em janeiro do ano passado, ela progrediu para o regime aberto, sob a condição de se submeter a acompanhamento psicológico e psiquiátrico. Atualmente, ela realiza sessões semanais com um psicólogo e mensais com um psiquiatra, conforme determinado pelos desembargadores da 5ª câmara de Direito Criminal do TJ/SP.
Em junho, a Secretaria de Saúde de Bragança Paulista solicitou à Justiça que a frequência das consultas fosse reduzida para uma vez por mês com o psicólogo e uma vez a cada três meses com o psiquiatra, argumentando que não havia sinais de transtorno mental ou queixas por parte de Suzane. No entanto, o juiz de primeira instância negou o pedido, mantendo o regime de acompanhamento semanal e mensal.
A advogada de Suzane, Jaqueline Domingues, recorreu da decisão ao TJ/SP. Segundo a defesa, a paciente apresentou evolução em seu tratamento, como evidenciado pelos relatórios médicos, e não haveria motivo para a manutenção da frequência atual das sessões. O recurso ainda está pendente de julgamento.
Paralelamente, Suzane von Richthofen participa de um concurso público para o cargo de escrevente técnico judiciário no Tribunal de Justiça de São Paulo.