Líder religioso é condenado a prisão por crimes sexuais contra 13 vítimas
Penas somam mais de 18 anos de reclusão, refletindo a gravidade das ações perpetradas nas dependências de um terreiro de umbanda.
Da Redação
terça-feira, 10 de setembro de 2024
Atualizado às 15:03
O líder religioso, Eduardo Santana, foi condenado à prisão por cometer abusos sexuais contra frequentadoras de um terreno de umbanda em Hortolândia/SP.
A decisão é do juiz de Direito Andre Forato Anhe, da 1ª vara Criminal de Hortolândia/SP, que condenou o réu a pena de dois anos, quatro meses e dez dias de detenção, em regime semiaberto, para o primeiro crime de assédio sexual, e 16 anos, três meses e 17 dias de reclusão, em regime fechado, pelos demais delitos.
Conforme consta nos autos, o acusado, na condição de pai de santo, cometeu crimes de estupro, violação sexual mediante fraude, importunação sexual, assédio sexual e injúria repetidamente contra 13 vítimas, todas frequentadoras de um terreiro de umbanda.
O juiz destacou que os crimes aconteceram nas dependências do terreiro, em consultas reservadas na "sala de búzios", além de ocorrerem nas casas das vítimas e durante trajetos no veículo do réu.
Também foram relatados abusos por meio de mensagens de texto, vídeos e áudios privados.
"São relatos, documentos e áudios que formam um conjunto firme, coeso e harmônico sobre a conduta do acusado, que, de modo sistemático, valeu-se do poder de influência e temor reverencial inerente ao cargo de pai de santo para ofender a dignidade, constranger, assediar, importunar e violentar sexualmente as vítimas, que eram seus seguidores."
O processo tramita sob segredo de Justiça.
Com informações do TJ/SP.