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Morte em clínica

Influenciadora vira ré por peeling de fenol que matou homem em SP

A ré responderá por homicídio qualificado por motivo torpe.

Da Redação

sábado, 7 de setembro de 2024

Atualizado às 11:34

A Justiça de São Paulo recebeu denúncia e tornou ré a influenciadora Natalia Fabiana de Freitas, conhecida por Natalia Becker, pela morte de um homem de 27 anos em decorrência da aplicação de procedimento estético conhecido como peeling de fenol.

A ré responderá por homicídio qualificado por motivo torpe, uma vez que agiu para obter vantagem econômica no valor de R$ 5 mil.

A ação tramita sob sigilo na 1ª vara do Júri de São Paulo. As informações são do MP/SP.

 (Imagem: Reprodução/YouTube)

Influenciadora vira ré por peeling de fenol que matou homem em SP.(Imagem: Reprodução/YouTube)

Na denúncia, o promotor Felipe Zilberman afirma que "a mulher se apresentava nas redes sociais como profissional de estética e, mesmo sem ter habilitação para tanto, passou a realizar uma série de procedimentos".

Além disso, ao procurar o estabelecimento, a vítima não teria sido informada sobre os riscos, inclusive cardíacos, da aplicação do fenol, nem a respeito da alta toxicidade da substância.

O documento ainda aponta que o homem foi induzido a erro ao ser equivocadamente informado de que nenhum exame de saúde era necessário para a realização do peeling.

Ao dar início à ação penal, o juiz de Direito Antonio Carlos Pontes de Souza proibiu a acusada de sair da Comarca de São Paulo por mais de oito dias sem autorização judicial e de comparecer a seus estabelecimentos comerciais para exercer funções de esteticista. 

O caso

O homem morreu no dia 3 de junho deste ano, no local onde a mulher atendia, em consequência de edema pulmonar agudo desencadeado por ação inalatória de fenol, segundo laudo de exame necroscópico.

O inquérito foi concluído pelo 27º DP, no Campo Belo, Zona Sul de São Paulo, em 19 de agosto.

Mudança de regra

Após o episódio, o Cremesp - Conselho Regional de Medicina do Estado de SP pediu a regulamentação e fiscalização do uso de substâncias que representem perigo em procedimentos estéticos para que sejam restritos a pessoas habilitadas na área da saúde.

Dias após o episódio, a Anvisa proibiu a venda e o uso desse tipo de produto não regularizado para qualquer tipo de profissional em uma resolução publicada no dia 25 de junho deste ano.

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