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Jurisprudência

STJ: Lei de improbidade não admite dano presumido ao erário

Colegiado determinou que, para condenações baseadas no art.10 da lei de improbidade administrativa, é imprescindível a comprovação de prejuízo efetivo ao erário, mesmo em processos anteriores à lei 14.230/21.

Da Redação

quarta-feira, 4 de setembro de 2024

Atualizado às 12:50

A 1ª turma do STJ decidiu que a comprovação de prejuízo real ao erário é requisito fundamental para a condenação com base no art. 10 da lei de improbidade administrativa. Essa exigência aplica-se inclusive a processos em andamento que se refiram a fatos anteriores à lei 14.230/21. A decisão unânime reforça o entendimento de que a presunção de lesão aos cofres públicos não é mais suficiente para fundamentar condenações por improbidade administrativa.

O caso analisado teve origem em uma ação do MP/TO contra dois agentes públicos estaduais. A ação alegava contratações irregulares, no valor de R$ 2,2 milhões, sem licitação, para o projeto "Agora Tocantins". O TJ/TO afastou a condenação por falta de provas de prejuízo ao erário. O STJ, ao analisar o recurso do MP/TO, reiterou a necessidade de demonstração do dano efetivo.

O ministro Gurgel de Faria, relator do recurso, destacou que a reforma legislativa promovida pela lei 14.230/21 tornou obrigatória a comprovação do dano real para a configuração de improbidade administrativa. "Sem o dano efetivo, não há como reconhecer o ato ímprobo", declarou o ministro.

 (Imagem: Charles Sholl/Brazil Photo Press/Folhapress)

Exigência de dano efetivo ao erário vale para casos anteriores à reforma da lei de improbidade.(Imagem: Charles Sholl/Brazil Photo Press/Folhapress)

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