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Liberdade negada

Juiz mantém prisão preventiva de acusados de matar advogado no Rio

Rodrigo Marinho Crespo foi morto a tiros perto da seccional da OAB/RJ, em fevereiro deste ano.

Da Redação

terça-feira, 13 de agosto de 2024

Atualizado às 11:45

O juiz de Direito Cariel Bezerra Patriota, do 3º Tribunal do Júri do Rio de Janeiro/RJ, manteve a prisão preventiva de Cezar Daniel Mondego de Souza, Eduardo Sobreira Moraes e do cabo da Polícia Militar, Leandro Machado da Silva, acusados de envolvimento no assassinato do advogado Rodrigo Marinho Crespo, ocorrido em fevereiro no Rio de Janeiro.

Segundo o magistrado, não houve fatos novos ou mudanças na situação processual dos réus.

 (Imagem: Reprodução)

Negada a liberdade aos acusados de matar o advogado Rodrigo Marinho Crespo no Centro do Rio.(Imagem: Reprodução)

O crime ocorreu no dia 26 de fevereiro, na Avenida Marechal Câmara, a poucos metros da seccional da OAB/RJ. Rodrigo foi morto com pelo menos 18 tiros enquanto caminhava no centro da cidade. Após o crime, os três réus foram presos preventivamente.

Em abril, o juiz aceitou a denúncia do Ministério Público e decretou nova prisão preventiva dos suspeitos. O órgão apontou que o advogado foi assassinado porque incomodava uma organização criminosa que atuava na exploração de apostas on-line.

Agora, o magistrado rejeitou o pedido de liberdade dos acusados, considerando a necessidade de prevenir a fuga dos acusados.

"Dada a existência de indícios da materialidade e de autoria, a custódia cautelar é necessária em razão do fundado perigo gerado pelo estado de liberdade dos acusados, garantindo-se a instrução criminal, a ordem pública e a aplicação da lei penal."

O juiz também ressaltou que não houve fatos novos ou mudanças na situação processual dos réus que justificassem a concessão de liberdade provisória.

"Não vislumbro razões para tanto, por não ter ocorrido nenhuma alteração fático-processual quanto aos réus, nem a defesa ter apresentado fatos novos, posteriores ou desconhecidos."

Investigações

Durante as investigações, a polícia descobriu que Cezar Daniel e Eduardo Sobreira eram responsáveis pela vigilância e monitoramento dos passos do advogado desde o momento em que ele saía de casa, na zona sul, até o local de trabalho.

A dupla utilizava um Gol branco, semelhante ao dos executores, que foi flagrado por câmeras de segurança. O veículo foi entregue a Eduardo pelo PM Leandro Machado, que, segundo os investigadores, coordenou toda a logística do crime.

Na época do crime, a Secretaria de Estado de Polícia Militar informou que o PM Leandro Machado já estava afastado do serviço nas ruas, pois respondia a outro inquérito por participação em organização criminosa.

Ele foi preso preventivamente em abril de 2021. A corporação acrescentou que a Corregedoria Geral já havia instaurado um procedimento administrativo disciplinar em relação ao policial, que pode culminar em sua expulsão.

Leia a decisão.

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