Egressos da advocacia, ministros Barroso e Daniela abordam trajetória
Em entrevista ao Migalhas, ambos falaram como foi a transição de carreira, e destacaram a essencialidade da profissão de causídico, prevista inclusive na Constituição.
Da Redação
sexta-feira, 9 de agosto de 2024
Atualizado às 08:29
"Fui muito feliz na advocacia", lembrou, com saudades, o ministro Luís Roberto Barroso. O presidente do STF é egresso da advocacia, função na qual atuou por três décadas. Em entrevista concedida ao Migalhas às vésperas do Dia do Advogado, 11 de agosto, Barroso lembrou parte de sua trajetória.
"A gente não começa a vida no topo. Fui galgando passo a passo, e fui muito feliz na advocacia."
Bem-humorado, o ministro destacou uma das grandes vantagens da advocacia: escolher as causas em que quer atuar, o que não é possível a um julgador.
"A vida na advocacia tem vantagens e proveitos diferentes da magistratura. Por outro lado, a vida me deu a benção e o privilégio de servir ao Brasil sem nenhum outro interesse que não seja o de fazer a coisa certa, e fazer um país melhor e maior."
Confira a entrevista:
Escolha constitucional
Magistrada há menos de nove meses, a ministra Daniela Teixeira contou à TV Migalhas como foi a transição de carreiras. Para ela, um dos desafios tem sido conciliar a informalidade com que trabalhava na advocacia com a liturgia do cargo de ministra.
Daniela também destacou que a presença de egressos da magistratura nos tribunais é uma escolha constitucional, e demonstra a essencialidade da profissão.
"A Constituição podia ter feito a opção de ter magistrados de carreira concursados, como temos, por exemplo, no TCU e na Justiça Eleitoral. (...) Quando a Constituição diz que nos Tribunais Superiores teremos um quinto ou um terço de membros da OAB, ela quer dizer: 'eu vejo a advocacia como essencial à Justiça e eu quero que esse advogado e essa advogada entre no tribunal'."
Assista: