IAB enaltece o Dia da Mulher Negra Latino-americana e Caribenha
Na data celebrada hoje, 25, Sydney Limeira Sanches, presidente do IAB, destacou a importância de enaltecer a resistência feminina negra na luta pelo reconhecimento das culturas afrodescendentes e latinas.
Da Redação
quinta-feira, 25 de julho de 2024
Atualizado em 26 de julho de 2024 08:57
No Dia da Mulher Negra Latino-americana e Caribenha, celebrado neste dia 25, o presidente nacional do IAB - Instituto dos Advogados Brasileiros, Sydney Limeira Sanches, destacou a importância de enaltecer a resistência feminina negra na luta pelo reconhecimento das culturas afrodescendentes e latinas, que são usualmente silenciadas. "Neste julho das pretas, para além da importante pauta de igualdade de gênero, lembremos a urgência de uma sociedade verdadeiramente inclusiva, com igualdade de oportunidades e direitos e livre da discriminação racial", disse o advogado.
No Brasil, as mulheres negras continuam sendo a parte da população mais vulnerabilizada. De acordo com a pesquisa nacional por amostra de domicílios, publicada no ano passado, elas são 62% das chefes de famílias que cuidam de lares com filhos e sem cônjuges. Desse total, cerca de um quarto trabalha com serviços domésticos. Em períodos de crise, esse grupo também é o que mais sofre: Na pandemia, por exemplo, as famílias chefiadas por mulheres negras foram as maiores vítimas da fome. Segundo relatório da Rede Penssan, elas têm o dobro de insegurança alimentar se comparadas a mulheres brancas.
Para trazer esse e outros cenários de desigualdade de gênero e raça ao debate, surgiu o Dia da Mulher Negra, Latino-americana e Caribenha. A data foi criada em 1992, no 1º Encontro de Mulheres Negras, Latino-americanas e Caribenhas, promovido em Santo Domingo, na República Dominicana. Ela foi instituída como forma de lembrar e denunciar o racismo e o machismo que oprimem esse grupo, além de promover a união feminina.
No Brasil, a comemoração também inspirou a criação do dia nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra no Brasil, em homenagem à líder do Quilombo Quariterê - MT, que encabeçou a resistência contra a escravidão no século XVIII. A lei 12.987/14, que instituiu a efeméride no país, tem o objetivo de visibilizar o papel da mulher negra na história nacional.