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Saúde

Convênio deve suspender reajuste de 92% em plano de saúde de idosa

Magistrada entendeu que reajuste é abusivo e cláusula de barreira para manutenção da idosa como beneficiária.

Da Redação

terça-feira, 23 de julho de 2024

Atualizado às 14:25

Convênio deve suspender reajuste de 92,82% aplicado em plano de beneficiária. Assim determinou a juíza de Direito Adriana Bertoni Holmo Figueira, da 5ª vara Cível de Santo André/SP, que, com base em jurisprudência do STJ, considerou o percentual abusivo. 

No caso, a autora da ação é beneficiária do plano desde 1999. Em julho de 2024 teve a mensalidade reajustada em 92,82% devido à mudança de sua faixa etária para os 60 anos. Ela alega que o reajuste é abusivo e pede a reversão da cobrança, para que o valor da mensalidade volte a ser de R$ 1.915,00.

 (Imagem: Freepik)

Convênio reajustou em mais de 90% plano de saúde de beneficiária que completou 60 anos.(Imagem: Freepik)

Ao analisar o pedido, a magistrada reconheceu a probabilidade do direito da beneficiária quanto à abusividade do reajuste.

Baseou-se em decisão do STJ no REsp 1.568.244, que admitiu reajustes por mudança de faixa etária desde que contratuais, consoante normas regulatórias e sem oneração excessiva do consumidor.

Afirmou que o reajuste, no caso, configura cláusula de barreira, para inviabilizar a permanência da idosa no plano de saúde, violando o princípio da boa-fé objetiva previsto no CDC

Ao final, concedeu a tutela de urgência para suspender reajuste, autorizando somente índices anuais previstos pela ANS - Agência Nacional de Saúde para planos individuais e determinou que o convênio emita novos boletos. 

Os advogados Elton Fernandes e Natalia Carolina Verdi atuam pela beneficiária.

Veja a decisão.

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