Procurador que cuspiu em funcionária faz acordo e pede perdão: "não sou monstro"
Além de pagar indenização à mulher, ele gravou um pedido de desculpas.
Da Redação
quinta-feira, 18 de julho de 2024
Atualizado às 12:50
Após um momento de fúria em que cuspiu em uma funcionária de cinema e tentou agredi-la, o procurador da Advocacia-Geral de Minas Gerais Bruno Resende Rabello fechou um acordo com a vítima. Além de pagar indenização à mulher, ele gravou um pedido de perdão.
No vídeo, ele diz que protagonizou um episódio de "fúria no cinema" com comportamento "nojento", que envergonhou sua família e que "não é aquele monstro".
O caso aconteceu no último dia 8, em Belo Horizonte. Câmeras de segurança filmaram o momento em que o advogado discutiu com a atendente porque não recebeu a pipoca que comprou.
As imagens da câmera de segurança mostraram o momento.
O comunicado do acordo ocorreu por meio de nota conjunta das defesas.
"Lorena Ribeiro Cassimiro e Leonado Augusto Marinho Marques, advogados de Jeniffer Maria Pereira Braga e Bruno Resende Rabello, comunicam que, após a agressão sofrida de forma injustificável e noticiada pela mídia na semana passada, conseguiram evoluir por meio do diálogo para uma solução consensual com pedido de perdão, aceito pela ofendida, e reparação dos danos que lhe foram causados."
A advogada da mulher afirmou que a Justiça foi feita, que o procurador não ficou impune, e que os danos que a vítima sofreu estão sendo cuidados por psicólogos, psiquiatras, e que a recuperação vai ser a longo prazo.
A discussão
De acordo com a vítima, ao chegar à recepção, ela encontrou Bruno esmurrando a porta, cobrando sua pipoca. Na sessão em que estava, os produtos são entregues na sala, mas o refil de pipoca deve ser reposto pelo cliente do lado de fora.
O homem a teria seguido na recepção, gritado e a chamado de incompetente, indo para cima dela. "Me senti muito ameaçada", disse.