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Procurador é acusado de cuspir em funcionária de cinema por causa de pipoca

O homem exigia que a pipoca fosse levada até a sala de cinema, prática não permitida pelo estabelecimento.

Da Redação

quinta-feira, 11 de julho de 2024

Atualizado às 11:02

Na segunda-feira, 8, um incidente envolvendo um procurador do Estado de Minas Gerais foi registrado em um cinema localizado em Belo Horizonte. O procurador, identificado como Bruno Resende Rabello, servidor da AGE-MG - Advocacia-Geral do Estado de Minas Gerais, foi flagrado pelas câmeras de segurança supostamente cuspindo na mulher após ela se recusar a levar pipoca até a sala de cinema em que ele estava.

De acordo com relatos e registros de segurança, a funcionária, de 25 anos, foi abordada pelo procurador enquanto atendia a um pedido de outro cliente. O homem exigia que a pipoca fosse levada até a sala de cinema, prática não permitida pelo estabelecimento, que exige que os refis sejam repostos pelos próprios clientes fora da sala.

Conforme o boletim de ocorrência da Polícia Militar, o procurador começou a filmar a funcionária com seu celular, insistindo que ela estava obrigada a atendê-lo. Diante da negativa da funcionária, ele a teria chamado de incompetente, cuspido em seu rosto e tentado agredi-la por três vezes. O gerente do cinema acionou a polícia, mas o procurador deixou o local antes da chegada das autoridades. A identidade do homem foi confirmada através do CPF registrado na nota de compra.

Veja as imagens:

A Cinemark, rede responsável pelo cinema, emitiu uma nota lamentando o ocorrido e informando que está prestando total apoio à funcionária e colaborando com as investigações, fornecendo as imagens de segurança para as autoridades competentes.

O shopping DiamondMall, onde o cinema está localizado, também se pronunciou, destacando que o incidente ocorreu nas dependências do cinema e que todo o suporte necessário foi oferecido. A administração do shopping reforçou seu repúdio a qualquer forma de violência.

A AGE-MG, por sua vez, declarou que "não compactua com eventuais desvios de condutas de quaisquer de seus integrantes, ainda que fora de suas atribuições institucionais, preservado o direito ao contraditório e a ampla defesa".

A Polícia Civil informou que a vítima deve formalizar uma representação criminal para que o inquérito policial seja instaurado. As investigações sobre o caso continuam em andamento.

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