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Legislação

Senado: Projeto de lei busca punir fraudes em vaquinhas online

Texto proposto pelo senador Cleitinho pretende garantir transparência e destinação correta dos recursos arrecadados em campanhas de arrecadação coletiva.

Da Redação

segunda-feira, 17 de junho de 2024

Atualizado em 18 de junho de 2024 11:14

Um projeto de lei pretende punir fraudes em campanhas de arrecadação coletiva, popularmente conhecidas como "vaquinhas". A iniciativa do senador Cleitinho busca garantir a transparência e a destinação correta dos recursos captados para ajudar grupos ou causas específicas.

O PL 2.172/24 aguarda a designação de um relator para continuar sua tramitação na CCJ. O projeto propõe a alteração do Código Penal, incluindo nele um artigo que define como crime o uso dos recursos obtidos em arrecadações coletivas para finalidades diferentes das inicialmente divulgadas.

A pena prevista pelo projeto para essa conduta é de reclusão de quatro a oito anos, além de multa. Em casos de "comoção social", a pena pode ser aumentada de um terço ao dobro. A reclusão, uma forma de pena privativa de liberdade no sistema penal brasileiro, é cumprida inicialmente em regime fechado, sem possibilidade de liberdade condicional inicial. O projeto não define o que significa o termo "comoção social".

 (Imagem: Jonas Pereira/Agência Senado)

Projeto de lei pretende combater desvio de recursos em vaquinhas.(Imagem: Jonas Pereira/Agência Senado)

Na justificativa apresentada junto com o projeto, Cleitinho afirma que, embora a tecnologia tenha facilitado a realização de vaquinhas online, ela também abriu espaço para "golpistas" se aproveitarem da generosidade das pessoas. O senador destaca que muitas celebridades utilizam sua influência nas redes sociais para arrecadar recursos em prol de várias causas, mas alerta para a possibilidade de desvios por parte de indivíduos mal-intencionados.

"Com o mesmo mecanismo que pode ser usado para o bem, golpistas o utilizam para vantagem indevida, arrecadando recursos dos cidadãos para usos diversos da causa divulgada", ressalta o parlamentar.

Se for aprovado na CCJ, o projeto pode seguir diretamente para a Câmara dos Deputados (a menos que haja recurso para que o texto seja analisado pelo plenário do Senado).

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