TST - Atraso salarial não gera danos morais
A Sexta Turma do TST rejeitou agravo de instrumento contra decisão do TRT/12ª Região - Santa Catarina - que negou a existência de dano moral reclamado por um trabalhador sob alegação de atraso no pagamento de seu salário.
Da Redação
quinta-feira, 21 de junho de 2007
Atualizado às 09:02
TST
Atraso salarial não gera danos morais
A Sexta Turma do TST rejeitou agravo de instrumento contra decisão do TRT/12ª Região - Santa Catarina - que negou a existência de dano moral reclamado por um trabalhador sob alegação de atraso no pagamento de seu salário.
Contratado pela Teka - Tecelagem Kuehnrich S/A, o empregado, após demitido, ajuizou ação trabalhista em que reclamava o pagamento de indenização por danos morais que teria sofrido pelo fato de a empresa haver incorrido em atraso no pagamento de seu salário, durante dois meses seguidos.
A sentença da 2ª Vara do Trabalho de Blumenau/SC deferiu o pagamento de correção monetária em relação ao atraso salarial, mas não reconheceu a existência de danos morais.
O empregado recorreu ao TRT de Santa Catarina, mediante recurso ordinário, alegando que os reiterados atrasos no pagamento do salário abalaram sua dignidade como cidadão, obrigando-o a descumprir compromissos financeiros como o pagamento de luz, água e telefone, além de contrair dívidas em mercados e lojas da cidade, submetendo-o a humilhação e constrangimento. O Regional, porém, negou provimento ao recurso, destacando não vislumbrar dano a direito de personalidade.
O reclamante insistiu no tema, interpondo recurso de revista com o objetivo de reverter a decisão, mas o TRT afirmou que os fato e as provas, devidamente examinados pela Vara do Trabalho, não poderiam ser reexaminados. Diante da negativa do TRT de Santa Catarina em negar seguimento ao recurso, apelou ao TST, mediante agravo de instrumento, com o objetivo de destrancar o processo.
O relator da matéria, juiz convocado Luiz Antonio Lazarim, após citar trechos do acórdão regional, reafirmou não ser possível o reexame dos fatos, face à Súmula 126 do TST. E concluiu pelo não provimento do agravo, tendo em vista ser inviável o reconhecimento da ofensa direta e literal à Constituição Federal (clique aqui), assim como não ter sido caracterizada violação ao Código Civil Brasileiro (clique aqui), como sustentado no recurso.
N° do Processo: AIRR-4489/2003-018-12-40.7
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