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Barroso vota contra abertura de PAD em desfavor de juízes da Lava Jato

Presidente do CNJ divergiu do corregedor-nacional de Justiça, ministro Luis Felipe Salomão, o qual votou pela abertura da apuração contra os magistrados Thompson Flores, Loraci Flores, Danilo Pereira e Gabriela Hardt.

Da Redação

quinta-feira, 30 de maio de 2024

Atualizado às 07:47

Ministro Luís Roberto Barroso, presidente do CNJ, votou nesta quarta-feira, 29, contra a abertura de processo disciplinar em desfavor dos desembargadores Thompson Flores e Loraci Flores, do TRF da 4ª região, e dos juízes Danilo Pereira e Gabriela Hardt. Os quatro magistrados estiveram envolvidos nas investigações da Operação Lava Jato.

O voto foi proferido no plenário virtual em uma ação que decidirá se os magistrados responderão ao processo. A sessão se estenderá até 7 de junho.

Barroso votou pelo arquivamento do pedido de abertura de investigação, divergindo do corregedor-nacional de Justiça, ministro Luis Felipe Salomão, que votou pela abertura da apuração.

Segundo Barroso, os magistrados não cometeram irregularidades.

"Ao decidir litígios, juízes sempre desagradam um dos lados em disputa, às vezes ambos. Para bem aplicar o direito, magistrados devem ter a independência necessária. A banalização de medidas disciplinares drásticas gera receio de represálias, e juízes com medo prestam desserviço à nação", afirmou.

 (Imagem: Luiz Silveira/Agência CNJ)

Presidente do CNJ e do STF, ministro Luís Roberto Barroso, votou contra a abertura de PAD em desfavor da juíza Gabriela Hardt e outros três magistrados da Lava Jato.(Imagem: Luiz Silveira/Agência CNJ)

Acusações

Gabriela Hardt é acusada pelo corregedor de autorizar o repasse de cerca de R$ 2 bilhões oriundos de acordos de delação firmados com os investigados para um fundo que seria gerido pela força-tarefa da Lava Jato.

A decisão ocorreu em 2019, quando a juíza atuava na 13ª vara Federal em Curitiba, responsável pelo julgamento de processos da Lava Jato. Atualmente, Gabriela atua na 23ª vara Federal da capital paranaense..

Thompson Flores e Loraci Flores foram acusados de descumprir uma decisão do STF que suspendeu processos contra o ex-juiz da Lava Jato, Eduardo Appio. Eles faziam parte da 8ª turma do TRF, colegiado que afastou Appio do cargo. O juiz Federal Danilo Pereira também participou do julgamento. Atualmente, os dois desembargadores estão afastados por decisão do CNJ.

Gabriela Hardt chegou a ser afastada pelo corregedor, mas a decisão foi derrubada pelo plenário do CNJ, em abril.

A defesa dos juízes alega que não há "fundamentos mínimos" para o afastamento dos magistrados.

Informações: Agência Brasil.

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